domingo, 13 de dezembro de 2009

Ela

Cobria o chão com o seu caminhar.

E observavam atentos sem pestanejar.

Era uma melodia que não podia terminar.

Era poesia que se necessitava para a vida.


Mexia nos cabelos devagar.

O céu sorria, pois podia admirar.

Ventava um vento lento para ela refrescar.

Cantavam, os passarinhos, a canção que saia do seu caminhar.

Era lindo o dia com o seu estar.


Chovia muito quando não se podia vê-la.

Seu sorriso ficava na mente de todos que tiveram a

Oportunidade de ver.

Seu olhar continuava nos olhos de todos que

Tiveram a chance de um dia o contemplar.


Doença de amor...


Princesa que mora em um castelo longe de tudo que se pode

Imaginar.

Donzela que muitos a querem pra casar.

História com final feliz...


Deitado sobre uma poça está, aguardando a princesa por ali passar.

Se fez de chão, fez de tudo para a donzela notar.

Segurou a lua para que ela pudesse mais um pouco descansar.

Tirou os espinhos da rosa para que ela a pudesse segurar.


Princesa, que caminha entre a poesia mais linda

Que alguém já ousou escrever.

Donzela que todos os dias é esperada ver.

Soluços que de longe se podem escutar.

Refrão de uma triste canção.

Canção de amor...


E caminhava para alegria de quem assistia tudo isso acontecer.

Seu sorriso que fazia o dia ter o seu valor.

Acho mais uma vez que estou falando de amor...

sábado, 12 de dezembro de 2009

Fim Do Mundo

Faltam dez minutos para o mundo acabar.

Meu semblante confuso não consegue compreender

O tal porque.


Em tão tamanha desilusão, fico em meus pensamentos

Lembrando dos momentos ao qual vivi.

Lembro das tristezas que tive,

Lembro das lágrimas que meus olhos deixei jorrar.


Lembro de momento de felicidade, lembro

De seu olhar.

A única vez que percebi que valia a pena viver.

Lembro da primeira vez que vi seu sorriso vindo

Em minha direção, Minha vida pode assim ser.


O céu está escurecendo, ainda é dia...

Vejo sua foto que coloquei na cabeceira,

Acaricio seu rosto sem parar.

Aguardo então o fim chegar.


Queria poder um beijo de despedida lhe dar.

Queria seu olhar mais uma vez contemplar.

Queria somente sua respiração ouvir...


Só, com o pensamento em ti estou.

Estou triste por não mais poder perto de ti ficar.

E o mundo tem mesmo que terminar...


Chega o fim...

Ouve-se de longe alguém gritar.

Passa se alguns segundos,

E ninguém mais há.


Foi-se o mundo,

Seu olhar,

Seu respirar...

sábado, 7 de novembro de 2009

Parou de sangrar

Derramou o leite sobre o chão.

Quebrou-se o copo ao cair.

Desperdiçou tempo ao limpar.

Cortou-se com o vidro.

Derramou sangue...


Lágrimas por sangrar.

Gritos por doer.

Alivio ao lhe ver.

Solidão por não lhe ter.


Amor, que amor?

Se amor não há,

Por que chorar?


Derramou a vida sobre o chão.

Chorou para não mais chorar.

Parou de sangrar.

domingo, 1 de novembro de 2009

Carta de Amor

E com sorrisos nos lábios escreveu uma

Carta de amor.

Endereçada só a alguém, a razão de no seu

Peito um coração bater.


Era uma tarde qualquer de um dia

Ao qual ninguém ousaria lembrar,

Não por querer esquecer

E sim por não ter a mínima importância

Para aqueles ao qual nada disso viveu.


Sorriso que em uma estante guardou.

Olhar que em sua mente toda hora vem lembrar.

Desejo que sai, só com o fato de seu perfume sentir.

Taras de alguém...


Chuva que nada pode fazer para isso mudar,

Pessoas que, por mais que tentem nada poderão mudar.

Com sorriso nos olhos, desejou desejar...


E o Sol despediu-se, para do céu

A Lua poder observar.

A criança com os olhos brilhando,

Sorria com o presente que acabará de ganhar.


O vento balançou as flores que estavam em um jardim

Ao qual esqueceram que exista.

O orvalho da noite alimentou as flores sedentas de amor.


E com as mãos tremulas, suadas de tanto nervosismo,

Disse sim perante o altar.

Fotos para o tempo amarelar.

Sentimentos que irão sempre voltar...


E com lágrimas nos olhos,

Escrevia sua última carta de amor.

Nela continha tudo que um dia ousou sentir.

Suas alegrias, seu lastimo, injurias que o

Tempo vai castigar.


E com um sorriso, escreveu uma

Carta de amor.

Desejos...

sábado, 31 de outubro de 2009

Dança

E os carros iam e vinham sem nenhuma sinalização.

A musica estava alta, não se podia ouvir nada

A não ser a musica.

O corpo não conseguia ficar parado,

Era a festa que estava só começando.


Pé pra cá, pé pra lá.

Mãozinha mexendo sem parar.

E o requebrado que ia até o chão, não parava até a musica

Acabar.


Uma, duas, três...

Quantas vezes fossem necessárias

Até o dia voltar com o sol em seu lugar.


Mãos que se tocavam com o requebrar

Do corpo suado de tanto dançar.

Até a hora a qual o balançar do corpo ia acalmar

Com uma romântica musica que começara a tocar.


Muitos resolviam descansar,

Poucos estavam acompanhados para poder dançar.

E outros arrumavam companhia para nessa musica não parar.


Os olhares que já haviam sido soltos, começavam a dar resultado.

Rostinho colado, corpo grudado.

Não era sexo!

Era uma musica lenta que estava tocando e todos estavam dançando.


Pé pra cá, pé pra lá.

Mãos que não queriam desgrudar.

Eternidade que começara a começar...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Porém, estás a sorrir

A Noite chegou, com ela o vazio

O vazio das ruas...

O silêncio que atormentava a solidão.

O som que não se podia escutar...

A Respiração de quem está prestes a chorar.


Com vidros espalhados pelo chão,

Sangue que não quer estancar.

Dor que não quer passar...


Toca sem parar a mesma canção,

Canção a qual fala de dor, solidão.

E como não pode mais agüentar...


Choros que se vão com o amanhecer.

Gritos que assombram o entardecer...


Lágrimas que saem sem se notar.

Mãos querendo o mundo derrubar.


Sentado em um canto qualquer a mercê de

Um nada alcançar...


Vazio que sentirá ao anoitecer...

Solidão que o acompanhara nessa estrada longa

Que não tem um final.


Sorriso que verá quando enfim

Chegar a hora de parar.


E como não pode suportar o peso que carrega em seu peito...

Desfalece em cada suspirar...


Molhado de lágrimas está...

Seu semblante todos irá se lembrar...


A noite chegou...

Com ela a música parou.

O sangue enfim estancou...


Disseram Adeus...

Disseram tchau...

Seu rosto acariciaram...

Sua mão tocaram...


E o dia amanheceu...

Com ele a dor permaneceu.

O silêncio se quebrou...

O vazio permaneceu em quem teve

Que dizer Adeus...


Partiu para algum lugar...

Para o nunca mais retornar.

Foi como tinha que ser...

Deixou em poesia o seu último dizer...


Deixou impresso a lágrima que a alguém dedicou.

Deixou lembranças no sorriso de alguém.

Foi para descanso encontrar

Foi para poder enfim sorrir...


Só agora está...

Porém, estás a sorrir...

domingo, 27 de setembro de 2009

Menina, Menininha

Seus olhos transmitiam toda a dor que um dia ousou evitar.

Seus lábios não se continham em sua dor amenizar.

Suas mãos tremulas não podiam se conter.

Sua vida deixou de assim ser.

Levou consigo dor...

Tristezas que o tempo fez o favor de castigar.


Choveu naquela tarde de outono...

Seus cabelos molharam, seu rosto escondeu

As lágrimas que de seus olhos desciam.

Era mais um dia na vida de muitos...

Era o último na vida de vários...

Era o dia do qual não esqueceria uma única pessoa.


Passou a menininha e tudo pode acompanhar.

Observava de longe sem nada poder compreender.

O tempo passou, menininha deixou de ser.

Só que seguia sem compreender o que vira.


E em outra tarde de outono, o sol deixou o céu, para

Uma nuvem conta dele tomar.

Caia orvalhos de uma súbita dor que se apossava do local.


Chorou uma criança que por ali passava.

Gritou da esquina uma alma que seu corpo deixava.

Se apoderava uma terrível agonia feliz.

Ironia de um nada com um tudo que não fazia diferença...


Agonizou o anoitecer...

Soluços que de muito longe se pode ouvir.


Um disparo veio pelas tantas da madrugada.

Não mais chovia...

Uma criança que tudo assistia chorava desesperadamente.

Muito apareciam para só observar.


E a menininha que, não mais era, assistia de longe tudo isso.

Lembrou de quando a muito atrás, algo parecido presenciou.

Chorou...


Levou consigo uma agenda cheia de horas marcadas,

Um diário com a sua vida...

No caminho despedaçou ambos,

Deixando pelo caminho sua vida...


O choro da menina podia escutar.

Lembrava toda a noite da sua expressão de dor.

Chorava...


E choveu...

Seus cabelos estavam molhados com a chuva.

Suas mãos trêmulas com o que encontrara ao retornar.


Viu sua vida se desfazer.

Levou consigo uma pequena bagagem de mão...

Levou uma imensa bagagem no coração.

Deixou algo que não podia deixar...


Fez a escolha que a deixaram fazer...

A menina que chorou em desespero cresceu...


A menininha, que não mais era, e a menina se

Reencontraram...

Era parecido o seu olhar...


Fez como lhe fizeram...

Negou o direito que lhe tiraram

De ter uma família...


Em um dia de outono, chovia...

Uma menininha assistia de longe sua mãe se suicidar, após seu pai matar.

Era algo que não se podia compreender.


E com o passar do tempo o mesmo foi acontecer.

Só que a mãe, que era a menininha, não chegou a se suicidar.

E com o passar dos anos, menina e menininha vieram a se reencontrar.

Só que menininha veio a menina, sua filha, enterrar.


E choveu...

Seus cabelos estavam molhados...

Seu rosto todo encharcado de dor...

Era uma tarde de outono...


....

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

?

Segurei a lágrima que de seus olhos brotavam.

Abracei-lhe no momento mais difícil que passou.

Sua mão segurei e não mais soltei.

Fiz tudo o que parecia impossível fazer.

Dediquei cada segundo a você.


E quando eu precisei nada encontrei.

Despenquei de um abismo sem fim.

Sua mão eu segurei e não soltei,

Não permiti que você despencasse nesse

Abismo ao qual estou.


Quando eu chorei, ninguém me consolou.

Quando eu precisei ninguém veio para me abraçar.

Despenquei minhas lágrimas e ninguém para

As segurar.


Agora me pergunto onde está o ontem?

Onde está o amor que eu lhe dei?

Onde irá parar o percurso ao qual preciso percorrer?


Estou à espera de um dia encontrar a

Resposta para tal abandono.

Estou confuso com o decorrer do dia que parece não terminar.


Estou guardando as passagens da felicidade que um dia comprei.

Estou colocando o passado dentro de um pote vazio.

Estou depositando esse pote em um fogo incessante

Para o passado esquecer.


Estou despencando em um abismo sem fim

Estou despencando...


E como se não mais existisse o amanhã

Foi a Lua e nada aconteceu.

Meus olhos aguardavam o surgimento do Sol

Que não apareceu.


Segurei suas lágrimas quando em ti doeu...

Segurei sua mão quando precisou.

Estou desolado sem seu olhar.


Estou procurando um motivo para continuar

Estou chorando sua beleza que não posso mais acariciar.


Meu ombro lhe dei...

Minha Vida lhe entreguei...

Lhe amei...


E fecharam meus olhos sem que eu pudesse

Perceber que ao meu lado estava o tempo todo você.

domingo, 16 de agosto de 2009

Há um tempo...

Há um tempo aonde a dor não mais existirá.

Existe um local aonde o amor não mais prevalecerá

No seu imenso império de massacres ininterruptos.

Existe, eu sei que há.


Lacrimejam os olhares de quem nada entende ao ver.

Lacrimejam como olhares de criança que sentem

A ausência da alegria que sentira em poucos segundos atrás.


E as horas vão fazendo o relógio trabalhar.

O tempo nada pôde fazer.

O papel que estava na estante, enfeitando-a com uma

Imagem estampada, já estava amarelado com o passar dos anos.


Haverá um dia em que todos irão sorrir de uma loucura

Tamanha que nenhum medico conseguirá conter?

Espero não estar mais para ver.


E o Sol que enamora a Lua se escondeu atrás de

Nuvens que embelezavam o céu com o seu sublime chorar.

Choro que causava tragédias irreparáveis a quem estava

Ela a molhar.


E assim foi a vida de quem a tinha para viver.

Mas me diga o que é vida se eu não consigo

Sua respiração ouvir?

Me diga o que preciso eu fazer?

Me responda se existe vida longe de ti?


O sol se pôs...

A lua veio para testemunha ser.

Há um local aonde a dor não mais há

Há uma vida que não mais viverá.

Existe um ser que necessita descansar.

Amor, pare de bater...


Mais uma vez o relógio vai sua rotina

Continuar.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Última Cena

E pôde enfim chorar, pôde sua dor expressar.

E no contar das horas o relógio estragou.

O sol veio só para espionar o acontecimento que não paravam

De comentar.

O vento que era gelado, com a presença do sol aqueceu a dor.


E passou as horas, tudo havia de acontecer sem ao menos alguém

Se mover.

As cortinas se fecharam, os aplausos foram trocados por milhares de

Gotículas de algo que ia sendo desperdiçado ao vento...

Amor!


E com o passar da semana, os ensaios da vida vinham sendo

Algo que duravam horas sem fim.

Ensaiava o jeito de caminhar, respirar, negação da dor...

Estava trancado em seu quarto fazia dias.

Nada lhe tirava de lá.


Passou se meses e enfim de seu quarto cheio de algo precioso que

Ao nada entregou...

Foi retirado da vida! Enfim sua dor iriam reparar.


Estava deitado no centro do palco.

Todas as luzes estavam a iluminar.

Não havia quem pudesse sua dor sentir.

Não tinha quem o iria aplaudir.


Fecharam as cortinas, ninguém estava lá para esse momento ver.

Foi em desespero só um pobre ser.


Desperdiçou em silêncio algo que ninguém iria notar.

Entregou ao nada o que mais tinha de valor.

Despedaçou o que lhe restara...

Amor...


E como em mais um dia de Sol...

A Lua não mais apareceu em seus poemas,

Que também não pode existir.

E quem existe?


Seria tudo ilusão de algo?

Seria tudo culpa do amor, ou, do fato de amar?

Queria obter resposta...

Coração não pode mais responder.


Fim de cena!

Atores nos camarins, platéia, que não há, começam a sair.

Apagam se todas as luzes...

Hora de ir...


E como em todo o teatro,

Como em toda encenação.

Lágrimas por uma peça acabar.


Lágrimas por nunca mais esse palco ver.

Pena não poder nada disso fazer!


Desperdiçou o que pensava ter,

Jogou fora o seu viver.

Entregou a ninguém seu mais precioso sentimento que um dia pôde

Sentir.


Chorou quando assistiu um espetáculo se encerrar.

Agora nada pode fazer...

A não ser se conter com o fato de não mais ser.


Pôde sua dor expressar...

Pôde sua vida perder...

Pôde amor sofrer...

Pôde um dia sorrir...

Pôde enfim descansar...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Carta

Mais uma vez lhe escrevo uma carta.

Mais uma vez prometo que esta será a última.

Prometo que lhe esquecerei em uma estante empoeirada

Do tempo.

E dessa vez não estou a mentir.


O sol nasceu diferente,

A lua ontem veio o tempo me ajudar a passar.

Minhas lágrimas perderam o sabor.

Minha dor se amenizou com amanhecer.

Lamentos que não necessitam mais ter.


Estou agora embarcando em uma condução que não poderá voltar.

Estou indo sem trégua, sem um motivo para ficar.

Minha dor deixo escondida em algum lugar.

Meus lamentos estão escritos esperando alguém os publicar.

Estou partindo para a terra do faz de conta,

Para a loucura extrema do viver.


Estou escrevendo essa carta para poder

Se lembrar de mim.

Estou escrevendo para poder de ti me despedir.

Estou...


Faltaram palavras que não fossem o amor,

Pena não poder sobre isso falar.

Lhe digo adeus!

Lhe digo que não mais irá minhas cartas receber.

Lhe entrego em anexo o amor que me deste.

Lhe digo que o meu amor pode fazer o que bem entender.

Estou indo lentamente a me distanciar.


E como em um final....

sábado, 11 de julho de 2009

Lágrimas

Jorraram de meus olhos uma tão terrível dor.
Despencaram lentamente e incessantemente
Era terrível estar ali,
Queria poder repentinamente sumir.

Era tarde, estava calor.
Estava sozinho, querendo alguém para conversar.
Pegava o telefone, mas não tinha a quem ligar.

E os olhos novamente começavam
A derramar a dor que tomava conta do pobre ser.
Era triste o meu estar,
Queria, mas não podia parar.

Mão tremulas no velório,
Soluços na hora de enterrar.
Despedaçou ali o seu saber.
Seus diplomas queimou.
Seu conhecimento esqueceu.
Chorou como uma criança de colo,
Berrou como um favelado.

Fez de si um pobre qualquer,
Fez de si um nada.
Estava ali só para poder ver partir
Quem nunca pensou em estar.
Foi se o ser para nunca mais...

Acabou o dia!
Veio a lua envolta numa sombra,
Não havia estrelas para o céu enfeitar.
Não havia quem podia consolar
Estava calor, começou a chover.

Telefone tocou, mas parou antes de atender.
Ligou o radio para uma musica escutar.
Tocou a musica que não podia ouvir.
Parou o relógio de funcionar.
Acabou a bateria, não mais irá despertar.

E com o coração aflito, assim foi a noite.
Não se pode ver o dia amanhecer.
Não se pode contemplar o nascer do Sol.

Telefone tocou, mas não havia quem o pudesse atender.
O radio parou de funcionar.
As lagrimas puderam enfim cessar.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Chorava a menina

Chorava a menina, todos faziam de tudo.

Nada conseguia aquietar a menina.

Ninguém era capaz de suas lágrimas cessar.

Era insuportável o seu chorar.

Isolada em um canto qualquer ali estava ela

Que não parava de chorar.

Era tarde. Foi-se o dia assim.

Sem saber o porquê, sem conseguir faze-la parar.

Chorava a menina, dava pena de vê-la chorar.

Chorava sem parar.

Tentavam entender, tentavam compreender.

Tentavam na razão explicar o que não tem explicação.

Não podiam saber, pois ninguém ousou viver.

Chorava a menina sem parar.

Tentavam consolar, tentavam a dor amenizar.

Chorava a menina, ninguém deixava de reparar.

Dava pena de ela ali estar.

Chorava a menina.

Não conseguia parar.

Chorava a vida, as estrelas e o sol.

Chorava tudo que estava a observar.

Chorava o tempo,

Os pássaros, o alegrar.

Chorava a menina por somente amar.

Chorava a menina sem parar.

Chorava a menina...

sábado, 27 de junho de 2009

Perguntas de amor

E se tudo fosse nada?
Seria errado chorar?
Viria o Sol para minhas lágrimas secar?
A Lua assistiria de longe o meu chorar?
Deixaria Eu de amar?
Lamúrias sem fim....
Tristeza que perdurará.
Mãos que não irão se tocar.
Podemos nós essa história mudar?
Alguém ousa tentar?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Lembranças

Lembrei da sua risada e comecei a sorri.

Lembrei de seu olhar e comecei a me alegrar.

Pude sentir o toque de suas mãos,

Pude ouvir o seu respirar.

Seu coração em um pulsar harmônico.

Cantarolei a nossa canção,

Desejei a Lua, para poder meu segredo contar.

Desejei o Sol para minhas lágrimas secar.

Ansiei por seus lábios nos meus.

Amargurei as horas de solidão em meu ser.

Chovia a paz que não queria.

Derramava lágrimas o céu.

Estavam todos com a certeza que não iria voltar.

Estava Eu só a lhe esperar.

Estava frio! Era já a hora de dormir,

Estava eu a porta esperando por ela você entrar.

Tocou a campainha, a porta eu abri.

Meu coração saltava de alegria,

Podia Eu novamente viver.

Estava mais uma vez Eu e Você.

Lembrei do seu jeito de andar,

Lembrei dos poemas ao qual lhe escrevi,

Lembrei das lágrimas que saíram dos olhos seus.

Gritei em silêncio um tão terrível dor.

Sorri de alegria a doença do amor.

Estava Eu a lembrar,

Estava Eu a amar.

Estava Eu a espionar.

Estava Eu...

sábado, 30 de maio de 2009

Desistiu

Estava escuro o céu,
A lua não veio o céu enfeitar.
O silêncio foi quebrado com um grito de dor,
A vida encerrou um olhar.

Aplausos de quem no final acordou.
Lágrimas de quem conseguiu entender.
Suspiros por quem um dia sonhou.
Vida que um dia se desejou ter.

E se foi em um caminho contrário o seu.
Foi para não mais a pedra chutar.
Foi para o seu coração enterrar.
Foi para poder assim suas lágrimas a terra regar.

Estava só!
Era triste a sua solidão.
Contava o tempo para poder vê-lo passar.
Cantarolava uma simples canção para a sua voz
Companhia fazer.

Desistiu do amor!
Desistiu da dor!
Desistiu sem ao menos tentar.
Morreu sem ao menos viver...

E sob um luar seu coração enterrou.
Jurou que não iria amar.
Mentiu, pois não deixou de o fazer.
Amava em segredo o desejo insano de um dia lhe ter.
Não podia se conter.

Vivia cada dia a fantasia de o caminho retornar.
Desistiu mais uma vez de ao menos tentar.
Foi para suas lágrimas seu coração acalmar.
Foi para não mais ter de duvidar
Se algo de bom lhe pode acontecer.

Morreu mais uma vez você.

Tinha tudo que se podia imaginar ter,
Tinha o que muitos desejam e não conseguem possuir.
Ele só queria em seus lábios sua sede saciar.
Ele só queria o ar que sai de ti.
Ele desistiu de tudo,
Abriu mão da vida.
Desistiu mais uma vez de acreditar em sorrir.

Morreu com o desejo de amar.
Morreu com um amor que fez seu coração parar.
Morreu com o seu nome em seus lábios.
Morreu chamando por ti.
Desistiu por um dia sonhar.

Com um simples disparo fez o caminho encurtar.
E estava você lá a esperar.
Desistiu sem saber.
Desistiu sem porquê.

Estava escuro o céu.
A lua se escondeu.
O orvalho de leve começou a cair.
Iniciou uma chuva de dor.
Estava tu a chorar.
Pena não poder desfazer.
Pena nada poder mudar.

E o caminho terá de mudar...

Desistiu mais uma vez de você.
E agora pode descansar.

Pena ter que saber que estás a amar.
Pena ter que saber que um dia iras chorar.
Desistiu para a dor amenizar...

domingo, 24 de maio de 2009

Por Amor! Por Amar!

E a folha caiu no chão.
Ninguém foi lá para socorrer.
Ninguém chorou ao ver.
Ninguém se importou com o seu não mais viver.
E a folha ao chão foi parar.
Para a arvore viver ela teve de morrer.
A folha ao chão foi parar.
Por amor, por amar.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Lindo olhar

 

Deixou seu ser transparecer toda a dor que um dia sentiu.

Deixou todos avistarem o seu lindo chorar.

Foi em vão, pois todos estão a lhe ignorar.

Deixou seu sorriso se esconder atrás de

Uma torrente de lágrimas.

 

Levou para longe a felicidade que um dia

Ousou procurar.

Viveu por segundos o mais lindo sentimento que

Se pode sentir.

Foi o lastimável ser pra refugio encontrar.

 

Deixou a vida como a conheceu.

Chorou em baixo de uma lua que não a ouviu.

Veio o sol para o dia novo ser.

 

Deixou transparecer toda a dor que um dia sentiu.

Dor que cicatriz deixou.

Magoou o coração,

Fez estrago na sua emoção.

 

Cantarolou uma simples canção,

Entregou o que restou do seu coração.

Novamente está a amar.

 

Deixou todos verem o que se passa em seu olhar.

Deixou sua emoção escapulir para o seu exterior.

Expulsou a tristeza que outrora lhe havia invadido o ser.

 

Deixou perceberem que mais uma vez o amor conseguiu

Lhe vencer.

 

Está mais uma vez a amar.

E todos notam em seu lindo olhar.

domingo, 26 de abril de 2009

...

Cai dos olhos seus uma lágrima.

Cai como uma jóia despedaçada.

Faz o chão sob ti brilhar.

Queria poder estar ao seu lado e

Todas essas jóias fazer retornar.

 

Grita em silêncio Tamanha dor.

Segura o vestido como se ele a estivesse

Sufocando.

Bate em seu peito um coração querendo sair,

Bate com uma tremenda dor.

 

Sai à chuva para poder suas lágrimas disfarçar.

Lamenta em seu diário o seu lastimável sorrir.

Em seus olhos pode se ver a tristeza que berra

Dentro de seu ser.

 

Cai de seus olhos uma preciosa jóia.

Cai toda a razão,

Todo o ego que d’antes sentiu.

Sentia culpa por ter podido viver.

 

Estava sem consolo,

Não queria mais se alegrar.

Chorava o tempo todo,

Expelia de seu ser seu remorso

Por nada ter podido fazer.

 

Amava sem razão,

Motivada pela miserável emoção.

Morria em silêncio o seu misterioso ser.

Chorava, pois não podia o passado voltar.

 

Suas jóias ao chão despedaçou.

Sua vida em tristeza transformou.

Vazia a sala agora está.

Pode-se ouvir o eco que nela ficou.

Pode-se ouvir o seu imenso sofrer.

 

Banhada de jóias está.

Ninguém ousou retirar.

Foi um imenso sofrer,

Viveu com a dor de uma

Alegria sentir.

 

Despedaçou suas jóias

A alguém que nada com elas iria fazer.

Jogou fora a razão de um dia ser.

Foi sem pensar.

 

Ouviu-se de longe o seu chorar.

Ouviu-se de longe suas jóias ao chão cair.

Seu peito querendo fazer parar.

 

Ouviu-se um silêncio ao entardecer.

Ouviu-se o silêncio enfim chegar.

 

sábado, 25 de abril de 2009

Cotidiano

Sorriu a Donzela que d’antes chorava.

Gritou a criança que não sabia chorar.

Gemeu a Princesa por seu Príncipe encontrar.

Encerrou o dia o seu maquiar.

 

Jogado no chão, implorando perdão,

Com o coração na mão ele está.

Está faz um tempo, e ninguém o nota ao passar.

Lástimas de um cotidiano feliz.

Injurias de um dia qualquer.

 

Sorriu por não poder chorar.

Gritou, pois queria ser notada.

Gemeu de dor devido ao amor.

Findou-se o dia o seu murmurar.

 

Alegraram as flores,

Os pássaros começaram a cantarolar.

O dia permanecia assim o seu sombreado

De tristeza e dor.

 

Passou um ônibus que não, parou.

Passou um trem que acidente causou.

A televisão noticiou.

A transmissão cortou.

 

Permaneceu no chão com o coração na mão

Pedindo perdão e um pouco de atenção.

Magoado está, ninguém o repara ao passar.

Podiam por ele algo fazer.

Preferiram ignorar o ser.

 

Deitado sobre o chão está.

Estão todos a observar, resolveram

Enfim sua dor admirar.

Choravam em silêncio.

Demasiadamente e sem parar.

 

Choveu repentinamente,

Todos procuraram se abrigar.

O desespero cresceu.

O triste estado do ego morreu.

 

Deitado no chão,

Com o coração na mão,

Com um bilhete pedindo perdão...

 

A televisão não noticiou.

Ninguém poderá o ajudar.

Passam todos agora e não o param de olhar.

Amanheceu mais uma triste manhã.

Os pássaros prosseguem no seu cantar.

As Flores no seu dançar.

Todos estão a viver.

Quem sabe um dia outro irá morrer.

 

Com o coração na mão

Pedindo perdão.

Pedindo para não mais amar.

 

Gritou a menina por não conseguir entender.

Por não admitir o seu triste viver.

Embelezou seu jardim.

Respirou para acalmar a alma que iria partir.

 

Vidas que se encontram com o tempo.

Vidas que o tempo vai distanciar.

 

Gritos que de longe se pode ouvir.

Findou mais um dia o seu viver.

Morreu com a certeza de retornar.

Foi para o céu a Lua consolar.

 

Sorriu a Donzela por sofrer.

Gritou a Menina por morrer.

Gemeu a Princesa por seu Príncipe desejar.

Acabou-se o sonho, mais um dia para se chorar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Estou...

Estou jogado no chão,

Estou simplesmente em um canto qualquer.

Fui importante por tempo,

Fui trocado pela tristeza do não ser.

 

Estou esperando um ônibus

Que não vai passar.

Estou em uma rua sem saída procurando

Algum lugar aonde eu mesmo não possa me achar.

 

Choveu...

As ruas alagaram, os barracos foram ao chão.

E eu prossigo em um canto qualquer...

 

Veio o Sol...

As flores se alegraram com seu aparecer.

E eu procurando um minuto de silêncio dentro do meu

Assombroso ser.

 

Estou partido em pedaços,

Estou consolando o vazio da dor.

Dopado de algo terrível,

Drogado de uma droga ainda não fabricada.

 

Estou no esgoto da vida.

Estou planejando um final.

Tentando fugir para um local

Aonde o vento, Sol e Lua, não posam me avistar.

Estou em um canto qualquer.

 

Chorando não mais.

Já não existe o que expelir.

Estou com um enorme sangramento em meu peito.

Meu olhos, não consigo nem mais piscar.

 

Estou simplesmente à espera de um cometa

Por aqui passar.

Estou em um canto jogado às traças,

Estou com medo...

 

Simplesmente aconteceu...

Estou em um canto qualquer,

Estou à espera de alguém.

Fechou-se as cortinas,

Pode meus olhos descanso ter.

 

Apagou-se as luzes.

Foi-se embora você.


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Lua

Lua, onde está?
Onde está a o brilho que antes havia?
Conte-me seus segredos,
Contei-lhe os meus.
Chorei minhas angustias perante ti.
Contei-lhe minhas desilusões,
Minhas intimas confissões.

Lua, onde estás?
Permita-me pela última vez lhe ver.
Permita-me só mais dessa vez minhas lágrimas contigo
Partilhar.

Chove suas lágrimas sobre as minhas.
Dançamos uma canção só nossa.
Sorrimos como loucos.
Deliramos insanamente o amor.

Lua, permita minha dor lhe dar.
Permita-me essas lágrimas a ti dedicar.
Compartilhe desse meu desespero.
Chove a tristeza da dor.

Lua apareça por entre as nuvens.
Apareça para poder pela última vez
Lhe enviar um sorriso por entre tamanha dor.
Permita despedir-me de ti.

Lua, precisei de ti.
Precisei confissões lhe fazer.
Precisava me despedir.

Deixo-lhe essa carta que jogo ao vento.
Carta que o tempo irá castigar.
Deixo minhas lágrimas que o sol irá secar.
Deixo minha dor que não vai cicatrizar.

Lua...

sexta-feira, 27 de março de 2009

E no céu...

E no céu um arco que coloria o dia.
E a noite veio nesse clima de alegria.
A Lua estranhou o que veio a acontecer.
Estranhou não mais o chorar,
Estranhou o tão imenso alegrar.

Dopado de dor.
Surtado por tão imensurável amor,
Que alias não há.
Chorava descontroladamente e sem parar.
Repentinamente começou a se alegrar.

Sorriso que de longe se podia ouvir.
Alegria que não era para ser.
E veio o clarear do dia,
O sol escondido em nuvens está.
E se podia ouvir o chorar.

Enfeitado de lágrimas o céu está.
Amanheceu a dor.
E a Lua que tudo pode assistir
Não tinha para quem contar.

Nasceu em meio à tempestade um colorido no céu.
Nasceu o sofrimento causado da dor.
A esperança que morreu sem esperar.

E com um olhar carente está.
Ninguém está a observar.
A Lua volta o céu presentear.
Volta à dor escutar.

Marco Roberto junior

terça-feira, 24 de março de 2009

Deixa-me teu sono velar

Dorme pequeno anjo, dorme.
Deixa-me teu sono velar.
Deixa com zelo de ti cuidar.
Sei que magoei seu coração,
Peço perdão...

O sol em breve no céu estará,
Terei mais uma vez que ir.
Deixa-me fazer companhia por
Alguns minutos mais.

Prometo que não vai notar minha presença.
Prometo que não lhe farei chorar.
Deixa-me só o seu sono velar.

E o sol ameaça sair,
É hora de partir.
Janela aberta está,
Linda continua a ser.
Meiga em seu jeito,
Continuo a amá-la...

Despedidas que me faziam chorar,
Costume que se tornou um eterno saber.
Deixa me vê-la acordar,
Deixe seu perfume minhas narinas entranhar.
Deixa-me somente lhe ver.

Sua mão gostaria de segurar,
Seu rosto poder acariciar.
Tristeza que não posso mais sentir.

Deixa seus sonhos entrar,
Deixa contigo estar.
Deixa-me seu sono velar.
Pelo menos nesse período, deixa contigo estar.

Confissões que fizera à lua,
Pedido que pediras ao céu.
Peço mais uma vez seu sono apreciar.
Peço mais uma vez seu sonho tornar.

Peço desculpas por contigo não mais estar.
Nasceu o sol, não posso ficar.
Peço desculpas por fazê-la chorar.
Peço mais uma vez para deixar-me lhe ver.
Peço para deixar-me seu sono zelar.
Peço que em seu sonho possamos novamente nos amar.


Marco Roberto Junior

quarta-feira, 18 de março de 2009

Havia

E havia uma árvore naquele lugar.
Estava escrito nela o amor,
Estava junto d’ela toda a dor.
Havia uma flor que nela ia brotar.

Batia o vento, passava-se o tempo,
E a árvore permanecia no lugar.
Mas sob as mãos da dor, a qual
Não estava impressa lá,
Ao chão foi parar.

E havia um lindo jardim
Naquele lugar, sorrisos e
Lágrimas conviviam por lá.

Mas agora é diferente,
Tudo mudou.
Por não saber, por não viver,
Por não amar...

Nada mais está no seu lugar.
Havia poesia naquele lugar,
Havia vida. Vida, que vida?

O sol permaneceu no seu brilhar,
O romance terminou-se de ler.
As historias terão de mudar.

Havia festa naquele lugar.
Muita gente comparecia lá.
Agora o motivo acabou,
Muitos já não podem estar.

Havia namoro naquele lugar,
Agora é só lembranças que o tempo
Vem deixar.

Árvore que era refugio,
Festa que era alegria.
Namoro que era amor.
Amor, que amor?

Havia silêncio naquele lugar,
Havia! Que por ter de mudar,
Ter de terminar, chegar ao fim...

E a arvore queimada foi,
A vida se foi com o tempo.
A procura começou, o segredo
Se descobriu.

Havia uma árvore naquele lugar,
Hoje não necessita mais estar.

Confissão a um amigo, lágrimas
A lhe contar.
E com olhar tão carente, sua voz ouvia.

Havia uma árvore naquele lugar.
Havia dor, desespero e morte.
Havia choro por amar.
Havia lá.

E escutarás uma voz,
E dirás para sorrir.
Chorar a perda de algo,
Gritar somente de dor.

Ah! Olhar a paisagem
E nada do que havia ver.
Ver um vazio que não era pra ter.

Havia uma árvore naquele lugar,
Havia, porém não mais há.


Marco Roberto Junior

18/08/2002

domingo, 1 de março de 2009

Historia de amor

Ouvi sua voz e pude enfim respirar.
Meu coração voltou a ter vida.
Minha alma pode enfim descansar.

Me anestesiei com o brilho de seu olhar.
Meus lábios ansiavam loucamente os seus.
Me deliciei com o seu paladar.
Vivi, com o seu doce e meigo tocar.

E o dia se findou, nada podia fazer isso estragar.
Sonho de uma noite incomum,
Delírios de uma alma a amar.
Desejos que não tem fim.
Quero ao seu lado sempre estar.

Leu se em uma caverna, uma historia
De tempos atrás.
Era uma historia de amor,
Uma historia que teve um final.
E todo final é triste, o contrário do que dizem.

Terminou-se o amor, permaneceu a dor.
Foi-se para uma historia poder escrever.
E todos que a liam só faziam chorar
Lamentavam suas vidas medianas.
Desejavam nunca chorar de amor.

E como era de se esperar, aconteceu como tinha de ser.
Chorou a menina por não saber que iria doer antes que
Fosse realmente acontecer.
Lamentou conhecer.
Era lindo o seu passear.
Todos se admiravam com o seu doce e meigo caminhar.
Era a pessoa com a qual queria o resto da minha passar.

Passou o tempo, começou a chover.
Seus cabelos começaram a molhar,
Seu rosto a lágrima veio esconder.
Chorava ela por amar.
Chorava ela por doer.
Doía o amor que partira sem adeus dizer.
Partiu sem poder voltar.

Sofria o amor que sentia.
Sofria seu lindo olhar.
Todos a queriam consolar.

E em uma caverna qualquer,
Essa historia estará.
Teve um fim,
Mas as alegrias foram maiores.
Todos iram se compadecer,
Todos irão lamentar.
Mas, viveu se o amor que
Eternamente permanecerá.

Marco Roberto Junior

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Carta de despedida

Estou chorando por causa de
Algo que não consegui escapar.
Estou escrevendo para dizer que decidi
Não mais chorar.
Vou para nunca mais voltar.
Partirei para o não mais chorar.
Sorrirei por eternamente amar.
Partirei para nunca mais voltar.

Lembrarás de mim?
Minha mão segurará?
Peço que não chores,
Peço que sorries para mim.
Vou para triste deixar de ser.
Amor! O motivo ao qual desisti de viver.

Estou chorando, pois dói amar.
Estou indo para não me ver chorar.
Peço desculpas por fazer-lhe chorar.
Tenho que ir...

Marco Roberto Junior

domingo, 15 de fevereiro de 2009

E com Lágrimas nos olhos disse não amar

E com lágrimas nos olhos disse não amar.
Com lágrimas nos olhos foi sem ao menos se despedir.
Foi para nunca mais voltar.
Foi para sua felicidade encontrar.

Felicidade será que há?
Será que não é tudo imaginação?
Acho que ninguém a ousou encontrar.
Por isso todos a estão a procurar.

E o tempo que passou, marcou para
Uma vida a tristeza que permaneceu.
Lágrimas que o Sol não secou,
Ferida que não cicatrizou.
Dor que remédio algum fez passar.
Amor que eternamente vai perdurar.

E voltou para suas lágrimas poder secar.
Voltou, pois desistiu de procurar.
Voltou, pois achou que permanecia por lá.

Chorou...
Seus olhos sentiram uma dor ao qual
Nunca antes havia sentido.
Se desfez em lágrimas e não havia quem a pudesse conter.

Arrependeu-se do dia em que partiu.
Chorou por voltar.
Chorou por não mais encontrar.
Chorou por sua vida perder.
Chorou por nada ter podido fazer.

Procurou respostas,
Encontrou solidão.
Arrancou do peito o coração.
Arrancou o amor em vão.

Foi para seu amor encontrar,
Foi para novamente amar.
Foi para feliz ser.

E o que é felicidade?
Acho que ninguém vai saber responder.

Sorrindo partiu,
Com sorriso nos lábios se foi.
Sabia que não iria mais voltar.
Tomou essa decisão para suas lágrimas secar.
Foi para seu amor novamente encontrar.

Marco Roberto Junior

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Despedida

Eu não queria que fosse assim.
Eu não queria vê-la chorar.
Tive de partir sem previsão de voltar.
Talvez permaneça por lá,
Quem sabe um dia pense em voltar.
Lhe escrevo essa carta para lhe avisar minha decisão.
Estou indo embora para longe de ti.

Estou lhe abrindo o caminho para que feliz possa ser.
Sei que eu só lhe faria sofrer.
Pois não sei me conter, só sei amar.
Se vou sofrer, isso diz respeito só a mim.
Se vou chorar, tenho certeza que o sol irá secar.

Não precisa chorar, tente outra pessoa amar.
Vou para não mais sofrer,
Vou para minha vida mudar.
Sei que planos fizemos,
Queria todos realizar.
Acordei hoje não muito a fim de chorar.
Acordei com medo de sofrer.
E para que possa algum dia isso superar,
Desisti de pelo menos tentar.

Seu lindo rosto guardarei em meu coração.
Sua voz, meus ouvidos irão sempre escutar.
Sua respiração almejarei todo dia ter.
Sei que abri mão para feliz poderes ser.

Peço mais uma vez que não venha seu lindo
Rosto molhar, com lágrimas que possa vir a cair.
Peço que guardes os momentos bons que tivemos.
Lembre-se que sempre irei te amar.

Para que não sofresse por minha causa
Tive de partir.
Para que não a fizesse chorar, fui para longe estar.
Escrevo essa carta para lhe avisar que talvez eu não vá voltar.

Despedidas machucam demais.
Fazem os olhos se encherem de lágrimas.
E agora nada mais posso dizer.
Tchau! Para você!

OS lhe envio em anexo o meu novo endereço.
Se algum dia quiser me visitar.
Estarei lá pronto a lhe amar.

Marco Roberto Junior

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Acordei

Acordei com a certeza de parar.
Acordei para o dia me consolar.
Acordei para poder enfim chorar.
Acordei para não mais acordar.

O mar estava agitado.
As ondas cobriam os surfistas.
As crianças nem se arriscavam se molhar
E da janela assistia os outros a se alegrar.

Era triste o meu viver.
Só, amargurante no viver.
Acordei para um último suspiro dar.
Chorei para não mais chorar.

E o dia assim se foi até a lua no céu aparecer.
Despedir-me das estrelas,
Depedir-me de você.

E fui dormir com a certeza de não mais acordar.
Fui dormir para não mais chorar.
Fui dormir para a dor parar.

O sol no céu apareceu.
Apareceram curiosos para ver.
Todos que ali estavam queriam saber.
Ninguém sabia ao certo o porquê.

Acordei para de ti me despedir.
Dormi para não mais acordar.
Dormi para um sono tirar.
Dormir para, do amor descansar.

Dormir para não mais chorar.
Não acordei para lhe consolar.
Não acordei para lhe alegrar.
Não acordei para lhe abraçar.

Dormi para enfim descansar.

Marco Roberto Junior

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Diga-me

Diga-me se é necessário chorar.
Diga-me se é necessário sofrer.
Preciso muito viver.
Diga-me por que tive de lhe amar.
Console-me se em seus braços eu me jogar.
Diga-me se posso finalmente viver.

Vida que se vai com o decorrer de um chorar incessante.
Lágrimas que seu nome nelas esta.
Dor que aos poucos vai passar.
Coração que insiste em torturar.
...

E o sol Voltou a brilhar.
A rosa seu perfume espalhar.
Vento para refrescar.
Nuvem para o Sol esconder.
Chuva para a lágrima não demonstrar.
Estava agora sem ter o quê eu falar.
Nada disse, e nem vai poder dizer.

Segurando a minha mão está.
Pena nada sentir com o seu tocar.

Marco Roberto Junior

Sem sua mão segurar


Senti medo ao lhe ver.


Senti que deveria ser com você.


Sofri, por então acreditar.


Chorei por nada poder fazer.


Sorri, à despedida de ti.



Me desesperei por um segundo só.


Me ignorei o resto do saber.


Me deliciei com a dor.


Descobri então o amor.



Decidi não mais voltar,


Decidi então parar.


Assustei-me com o repentino despejar de lágrimas.


Lamentei-me, grandiosamente, amar.


Morri sem sua mão segurar.



E a vida, de quem vive, seguiu.


Às lágrimas que de meus olhos pararam de despencar.


Conseguiu-se então a dor amenizar.


Conseguiu um sorriso arrancar.


Morri sem sua mão segurar.



Morri sem seus lábios beijar.


Morri por contigo não está.


Senti o que não deveria sentir.


Chorei por então amar.


Desisti de então chorar.



Escrevi uma carta de amor.


Escrevi sentimentos ao chão.


Despejei minhas lágrimas em vão.


Lamentei amar.



Sem sua mão segurar,


Sem seus lábios tocar.


Morri sem ao menos viver.


E isso se deve a amar você.


Amor que não mais pode acontecer.


Amor que o sol secará.



Amo...


Deixa pra lá!!!



Marco Roberto Junior

Sem sua mão segurar

Senti medo ao lhe ver.

Senti que deveria ser com você.

Sofri, por então acreditar.

Chorei por nada poder fazer.

Sorri, à despedida de ti.

Me desesperei por um segundo só.

Me ignorei o resto do saber.

Me deliciei com a dor.

Descobri então o amor.

Decidi não mais voltar,

Decidi então parar.

Assustei-me com o repentino despejar de lágrimas.

Lamentei-me, grandiosamente, amar.

Morri sem sua mão segurar.

E a vida, de quem vive, seguiu.

Às lágrimas que de meus olhos pararam de despencar.

Conseguiu-se então a dor amenizar.

Conseguiu um sorriso arrancar.

Morri sem sua mão segurar.

Morri sem seus lábios beijar.

Morri por contigo não está.

Senti o que não deveria sentir.

Chorei por então amar.

Desisti de então chorar.

Escrevi uma carta de amor.

Escrevi sentimentos ao chão.

Despejei minhas lágrimas em vão.

Lamentei amar.

Sem sua mão segurar,

Sem seus lábios tocar.

Morri sem ao menos viver.

E isso se deve a amar você.

Amor que não mais pode acontecer.

Amor que o sol secará.

Amo...

Deixa pra lá!!!

Marco Roberto Junior

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Alegria

Estava sorrindo como nunca antes sorriu.
Estava tão alegre que sua alegria contagiava quem por
Perto Passava.
Era tarde, a lua no céu não havia aparecido.
A brisa, ainda não tinha se tocado na falta que faz.

Era um dia qualquer.
Era mais uma tarde de verão.
Não choveu!
A alegria que sentia, fazia tudo
Ao redor mudar,
Perdeu-se o sentido da vida.
Perdeu-se o motivo de não somente ser.
Perdeu-se a alegria que antes ninguém ousou sentir.

Ganhou-se o jogo,
Ganhou na vida.
Sorriu imensamente, que mesmo sem saber,
Por quem passava, a alegria dominava o ser.

Guardou sua mais preciosa jóia.
Reservou para si o melhor.
Relembrou das tristezas,
Embriagou-se de amor.

E foi-se assim, até o anoitecer.
A alegria que era tanta, permaneceu
Eterna no seu viver.

Marco Roberto Junior

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Partida

Seus olhos insistem em me
Dizer que estou a amar.
Eu sei que é tortura, mas não dá para disfarçar.
Eu sei que nada posso fazer além de amar.

O dia passa lento para a noite não chegar.
A lua se esconde para minha confissão não escutar.
O sol atrapalhado vem na manhã seguinte de mim zombar.


E assim se vão os dias até, eu enfim poder lhe tocar.
As historias se contam para o tempo
Poder passar.

O vôo atrasou. O sol não apareceu.
Choveu...
A nuvem não deixou-me embarcar.
Esperei mais um dia até em seus braços poder estar.

As horas resolveram parar.
Parecia que não podia lhe tocar
Parecia que não era pra ser.
Estava eu a espera de lhe ter.

O avião partiu, levou consigo minha solidão.
Levou pra longe toda minha ilusão.
Levou para não mais voltar.
Explodiu sem sequer voar.

Bombeiros para o fogo apagar.
Televisão para a noticia dar.
Lágrimas de quem ficou a esperar.
Foi, sem se quer chegar.
Sem se quer sair.
Partiu para uma viagem sem retorno.
Sem a chance de se arrepender.
Não podia nem avisar que não mais
Iria chegar.

Estava ansioso por enfim poder felicidade encontrar.
Estava, porém deixou de estar.

E o sol engraçadinho apareceu para zombar.
Zombar o amor que o fogo veio queimar.
Felicidade que nem chegou a sentir.
Lágrimas que vai secar.

Dor que permanecerá.
Lembrança que o tempo vai castigar.
Se foi para amar, Ficou para dor deixar.


Marco Roberto Junior

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Derramou sua vida ao mar

Derramou sua vida ao mar.

Fez de tudo para não se afogar.

Apagou do seu mundo quem lhe fez chorar,

Apagou da sua vida quem o fez amar.

Sofrimentos que não podem mais voltar.

Dores que não ira sentir.

Amor que não precisa existir.

Disseram que a lua estava o céu a embelezar.

Disseram que não era hora de chorar.

Disseram que deveria amar.

E ouviu não, ouviu o coração chorar.

E como se não bastasse,

Ouviu sua voz a lhe chamar.

Chorou por só estar.

Chorou por só amar.

Chorou por não viver.

Chorou mais uma vez por não saber.

Desistiu de chorar,

Desistiu de amar.

E no mar entrou,

A roupa não tirou.

Desaparecido estar,

Procuram sem parar.

Até o corpo encontrar.

E enfim descansar.

Entrou no mar para esquecer.

Entrou para não mais voltar.

Entrou para não mais amar.

Entrou para não mais chorar.

Morreu então o seu pobre ser.

Por não saber viver, por não querer chorar.

Entrou no mar para não mais voltar.

Foi para não mais amar.

Acharam o corpo, pode descansar.

Pode não mais amar.

E aquela que o fez sofrer, aonde está?

Avisem a ela que, o vão enterrar.

Avisem que nada mais pode fazer.

Pois, o amor que por ela sentiu consigo levou.

E com certeza não irá mais chorar.

Entrou no mar para não mais voltar.

Entrou na certeza de não mais sofrer.

Entrou no mar para não mais amar.

Marco Roeberto Junior

Chora

E as lágrimas caiam daquele olhar,
Dava pena de vê-la chorar.
Rezava, ela, sem parar.
Batia um vento, estava tremendo,
Mas continuava a chorar.
Veio o sol, voltou o brilho daquele olhar.
Era noite, aonde será que está?
Aonde será que está a inocência de antes?
Fecha a janela, não deixe a chuva molhar.
Fecho os olhos de leve e comece a dançar.
Como se estivesse num salão, como se fosse o centro
Das atenções. Não importa o local, viaje num mundo seu.
Dança a canção que quiser
Mas só chore quando a noite chegar, pois o resto do dia,
Não esconda seu olhar.
Olhe a mão dela, não para de tremer.
À hora difícil, mais ela não amava, então por quê?
Veja do lado de fora, veja de outro lugar.
Mostre a verdadeira face, não deixe nada escapar.
Se tens certeza de alguma coisa, não adianta chorar.
O tempo passa sem parar, o trem das cinco já passou.
Se arruma depressa para pegar a calda do cometa que parou.
Cinza escuro está o céu, pássaros e mais pássaros enfeitam o céu.
Abra seus braços para abraçar a morte que do seu lado está.
Teoria sem nexo, simplesmente complexo.
Chora sem parar, mas não chora por amar!


Marco Roberto Junior

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Me interessa lhe amar

E se tudo fosse um conto que alguém esqueceu o final?
E se a vida não tivesse sentido de ser?
O amor não necessitava ter?
E se tudo fosse imaginação que não tem fim?
E se hoje não fosse hoje?
O que seria de mim?

E se os romances já escritos fossem
Na verdade um livro de terror?
Se a foto já amarelada na estante já estivesse em seu computador?
Haveria espaço para doer?
A lágrima teria motivos de vir a descer?
E se a noite já não houvesse?
E se fosse tudo dia?

Escrever poesia, sentir desejo de expressar
Na escrita o amor que talvez nem saiba direito o que é.
Desejar aquela que nunca antes vi.
Saborear a desejo o qual nunca antes provei.

Alguém disse: “que seja eterno em quanto dure”
E não respondeu o tempo que deveria durar.
Pois o amor tem data de validade,
( acho que esqueceram a ele de isso contar)
O amor não traz felicidade,
Só traz dor.
Desamor,
Suspiros por algo irreal.

E se não existisse o amor,
Sentiríamos o quê?

E se não houvesse eu e você?
Viveria eu? Viveria você?

Sei que pode não ser em vão,
Mas novamente lhe entregarei meu coração.
Já ferido de amar, já cansado de chorar.
Lhe dedicarei minhas lágrimas que derramar.
Chorarei por eternamente lhe amar.

E a validade do amor aonde está?
A eternidade realmente existirá?

Respostas que não sei explicar.
Pois não me interessa saber.
Me interessa lhe amar.

Marco Roberto Junior


Ps: Menina bonita me aconteceu algo estranho hoje.
Estava andando e resolvi parar,
Meu coração insistia em pulsar.
Meu coração saltitava sem parar.
E o mais interessante, é que menina bonita ele dizia sem parar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Carta de amor

Lhe envio esta carta para dizer que estou
Desistindo de amar.
Disseram-me que o amor dói,
Eu não quero sentir dor.
Disseram-me que tudo na vida termina,
Eu não quero terminar.

Estou triste, mas tenho que lhe avisar.
Estou sim a amar, Estou sim a querer
Do seu lado ficar.
Mas lhe envio esta carta para terminar.

O sol me avisou, A lua me escondeu.
Me avisou que não valia a pena amar.
Me avisou que feliz não iria ser.
Me disse que eu não precisava de você.

E a lua, depois de insistir, confessou-me que
Não falas a ela de mim.
Estou a amargurar em meu peito esse amor.
Estou a lamentar amar.

Queria palavras bonitas dizer,
Queria com isso não mais sofrer.
Queria felicidade expressar.
Queria...

Venho por meio dessa, minha decisão lhe contar.
Venho com essa carta, nossa relação terminar.
Parece até brincadeira, mas não é.
Estou carente e assim continuarei a ser.

Estou terminado com essa carta o amor, que
Dói em meu peito por você.
Queria dizer lhe amar e que contigo a eternidade passar.
Mas dói amar e prefiro essa dor não sentir.

Venho com essa carta confessar.
Venho lhe pedir,
Menina Bonita, estou desistindo de sofrer
Estou desistindo de amar.
Quero uma etapa nova em minha vida passar
A ter.
Menina bonita, Aceita ser a guria que passará
Essa nova etapa de minha vida ao meu lado?

Aceita ser a esposa que sempre quis ter?
Menina bonita, Amo Você!

Sim quero terminar, esse relacionamento
Que parece em nada terminar.
Quero simplesmente uma nova etapa
Passar.
Menina Bonita, Esta carta é para você.
Disse nela que não quero mais sofrer.

Quero contigo terminar.
Terminar minha vida ao lado seu.
Meus projetos se unindo aos seus.
Quero meus dejesos realizar.
E carente de seu amar eternamente quero ser,
Pois assim lhe desejarei até o dia em que eu morrer.

Menina Bonita, Aceita em meu mundo estar?
Ser a Menina que de mim irá cuidar?
Menina Bonita, isso é pra você.
Estou confessando meu amor,
Meu medo de amar.
Minha tão imensa dor.
Menina Bonita estou a lhe amar!


Marco Roberto Junior

domingo, 11 de janeiro de 2009

Simplesmente estou a amar

Está triste meu coração.
Maldita paixão!
Está amargurado de sofrer,
Está carente de você.

E como deveria ser,
Chorou meu coração sem saber.
E em uma terra longínqua fui minha dor depositar.
Escutei uma canção de amor, que dizia que tudo
Iria passar. Acreditei!
Chorei...

Lacrimejando está meu coração.
Lacrimejando está minha emoção.
Não consigo controlar.
Mais uma vez estou a amar.

Pensei que fosse ilusão,
Brincadeira da emoção.
Percebi que és a razão de um viver sofrido
E magoado de amor.
És o motivo de permanecer a respirar.
E com toda a tribulação, coração prossegue a pulsar.

Entrei novamente sem saber.
Dediquei todo o meu sofrer.
Lamentei por simplesmente amar.
Amei sem ao menos saber
O motivo do amor acontecer.

Entreguei minha vida,
Morri para salvar a donzela que deveria viver.
Sofri o sofrimento que era seu.

Escrevi em todos os jornais cartas de amor.
Contei a todos o motivo do viver.
Cantarolei em silêncio uma triste canção.
Sofri mais uma vez pela paixão.

Fui para não mais voltar,
Fui pra não mais chorar.
Me calei para não dizer que amo você.

Fiz-me escravo seu, desejei perto de ti ficar.
Sofrimento que não quer passar.
Liberdade que não quero ganhar.

Responda-me: qual a razão de amar?
Qual o motivo de isso ser?
Qual a razão de um sofrer?
Estou sem nexo, estou a filosofar.
Simplesmente estou a amar.

Marco Roberto Junior

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sonhei com você

Sua mão não segurei,
Seus lábios não beijei,
Seu rosto não acariciei.
Mas lhe amei.
No instante em que passou por mim, minha vida mudou.

Não ouvi meu nome chamar.
Não senti seu perfume no ar.
Não contei segredos e nem os seus ouvi.
Não enxuguei suas lágrimas e nem pude do seu lado estar.

Amei, estranhamente amei.
Como se nada mais no mundo fizesse o sentido que faz para mim.
Como se o dia não precisasse mais aparecer.
Ansiava o dia em que pudesse lhe ver.
Adoecia por amor não poder transmitir.

Não sei quem és,
Nem de onde és.
És aquela, ao qual sonho família ter.
Musa do meu viver.
Poesia de minha alma.
Motivo de eu ser.

Sonhei com você!

Marco Roberto Junior

Choraram os olhos meus

Choraram meus olhos de dor.
Choraram meus olhos o amor.
Coraram e não queriam parar.
Parou o sol do secar, A lua veio zombar.
A chuva veio amenizar tão tamanha dor.

Gritei de amor, gritei.
Expus a dor, sentimento ruim.
Expeli de mim a razão para um viver.
Choraram meus olhos por nada poder fazer.
Choraram por mais uma vez lhe ver.

Choraram, pois doía não lhe ter.
Preferia cego ser a chorar ao lhe ver.
Chorou coração na canção.
Pulsou devagar, desejo de parar.
Parou os pés de andar.
Choraram meus olhos por lhe amar.

E se tudo não fosse assim?
Meus olhos sorririam ao lhe ver.
Coração teria o desejo de pulsar,
Estaria eu a viver.

Choraram meus olhos por doer.
Doer o amor que sinto por ti.
Doer o sentido de estar.
Doer não lhe ter aqui.

Para coração de bater.
Para um segundo só.
Para e veja que ela também esta a chorar.
Está a se lamentar.
A se amargurar no ser.
Está também a lhe amar.

Choraram os olhos meus e seus.
Choraram por amar e perto não poder estar.
Coraram os olhos meus.
Coraram os olhos seus...


Marco Roberto Junior

Visão

É uma visão linda, paisagem que preciso ter.
Visão que eu quero ver.
Você me apareceu na hora boa.
Disse-me coisas lindas a se ouvir.
Cantarolou em segredo uma linda canção de amor.
Fez-me viver.
Preciso, então, de você.

O dia não foi mais o mesmo.
A noite custou a chegar.
E eu cansado queria amar.

Queria seu olhar acariciar.
Sua voz, minha alma acalmar.
Seus lábios, minha sede saciar.
Queria ao seu lado estar.

Passou o tempo, foi-se o vento.
Parou de chover. Lágrima parou de descer.
E como então deveria ser estava só.

Só, eu e você!


Marco Roberto Junior

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ouvi

Ouvi um pássaro cantar, uma linda canção.
Ouvi as folhas dançar.
Eu vi o olhar a surgir do meio da dor.
Ouvi o seu lamentar, murmuro de amor.
Ouvi sua dor, seu desgostar do nada.

Ouvi o mar a areia molhar.
Ouvi risos de pessoas alegres.
Ouvi cachorros conversar.
Ouvi meu coração bater.

Seu nome, dizia ele em cada pulsar.
Ouvi sua voz ao lhe ligar.
Não consegui me conter, nada pude dizer.

Estou a amar! Sim.
Estou a me iludir!
Eu sei que vou chorar.
Vou lamentar o existir.

Ouvi a canção que lhe fiz.
Tocaram-na varias vezes.
Ouvi a voz da emoção.
Ouvi sua gravação.

Saudades senti.
Lágrimas derramei.
Seu nome chamei.
Em vão...

Ouvi a campainha tocar.
Abri para lhe recepcionar.
Era engano, Coração parou.
Decidi não mais amar.
Decidi não me enganar.

Ouvi seu carro chegar,
Lhe vi caminhando ao altar.
Chorei por não acreditar.
Não estavas a casar!

Ouvi o seu chorar.
Ouvi seu lamentar.
Ouvi sem nada poder fazer.
O amor me distanciou de você.

Marco Roberto Junior

Gatinha

Choveu! À noite inteira choveu.
A lua, estava escondida espreitando a amor.
Sentia inveja de quem podia, amor sentir.
Sentimento ao qual doía.
Queria também amar, mas não um amor qualquer.
Queria felicidade encontrar.

Não queria passar pela dor.
Queria só a alegria que via do amor.
Queria poder sorrir, poder seu brilho embelezar.
Com o simples fato de amar.

Viu o Sol, triste e carente.
Foi amor à primeira vista.
A distancia os impedia de se tocar,
Mas não deixaram de amar.

A lua chorou, pois doía o amor.
Agora queria não mais amar, queria não
Mais chorar.
Queria, só, voltar a ser. Queria poder, só desejar.
Não queria doer.

O mar sentiu a dor, As plantas também.
E a criança que se compadecida da dor,
Chorava pelo amor que não era seu.
Pela dor ao qual não doeu.

Parou o tempo, Fez tudo passar.
A chuva se foi, a Lua também.
O sol no céu apareceu.
Parecia não sofrer, pois
Precisava brilhar.

E assim é ao amor.
Assim é a dor.
E quem disse que deixaram de amar?

Tudo poderia mudar, mas o sentimento não.
A dor permanecerá eternamente no semblante de quem amar.
Dor de amor.
Dor...

Brotou uma rosa no seu jardim.
Veja como é linda, sinta o aroma
Que dela sai.
Veja que sua cor muda com o decorrer do dia.
Veja como brilha de manhã e a noite chora.
Sinta seu aroma pelo ar.
O amor que nela está.
A dor se contradiz.
Veja o amanhecer especial
Que preparei para ti.
Veja e comece a sorri.
De que vale chorar?

Permanecerá o amor!
A dor!
Amor!
Marco Roberto Junior

Estou na ponta de um abismo

Estou na ponta de um abismo, prestes a cair.
Estou aguardando você não aparecer,
Estou esperando minha lágrima secar.
Estou a um segundo de terminar.

Estou prestes a me jogar,
Estou prestes a não mais amar.
Estou quase lá, é só o relógio deixar.
Estou na ponta de um abismo,
Prestes a despencar.

Estou só, a espera do despencar.
Terminar de uma forma trágica.
Não mais amar.
Não mais sofrer em vão.
Estou prestes a cair,
Despencar a solidão,
A tristeza do meu ser.
Não mais necessitar chorar,
Não mais necessitar sofrer.

Estou a um segundo de tudo terminar.
A um segundo do fim chegar.
Esperando alguém chegar.
Esperando alguém a me salvar.

Estou a ponto de tudo terminar.
O sol já se pôs. A lua envolta sobre uma nuvem está.
Acabou-se o tempo.

E partiu para um voar.
Partiu para poder cantar.
Caiu por só saber amar.

Marco Roberto Junior