domingo, 22 de maio de 2011

Princesa

Em uma estrada criada com pétalas de rosas vermelhas
Despedaçadas ao chão, caminha uma princesa com seu vestido rosa
E sapatinho de cristal.
Junto dela vai a esperança da felicidade encontrar.

Em um trecho da caminhada percebe-se que nem só de
Pétalas é feito o caminho.
Seu sapatinho começa o solado gastar.
Espinhos começam o seu donzelo pé machucar.

Queria encontrar OZ, para a historia que ouvira pudesse
Real ser.
Queria esboçar um sorriso, mas sua dor lhe fazia chorar.
Seus cabelos já bagunçados com ventar em seu caminhar,
Escondia seu triste olhar.
E o sangue deixava o caminho marcar.

Seu vestido rosa já encardido de sujeira,
Não tinha com o que lavar.
Continuava sem saber aonde enfim poderia chegar.

Dores que queria esquecer.
Reino que teria de reinar.
Caminhava só, uma bela princesa
Sem ao menos saber o que lhe esperava lá.

E anoitecia como em todos os dias em sua vida.
A escuridão era quebrada com o aparecer da Lua
Que refletia a Luz do Sol.

As estrelas mostravam que caminho tomar.
Dolorido mas necessário estar.
Coração que queria felicidade encontrar.
Lábios que queriam motivo para poder sorrir.
Olhos que queriam alguém para suas lágrimas enxugar.

E em uma estrada forrada com pétalas de rasas vermelhas
Estava uma bela princesa com seu vestido rosa a caminhar.
Com seus sonhos de criança, suas alegrias passageiras.
Com sua companhia que não podia estar.

Leva em suas mãos uma carta que não soltava.
Estava escrito nela despedidas que não pudera ler.
Esperava a hora certa para a carta ler.

Passou-se anos sem que alguém lhe tivesse noticia.
E em uma manhã ensolarada, vieram ao reino que aguardava
Por sua tão ilustre chegada, um mensageiro que ao caminho saíra
Para lhe recepcionar retorna para avisar ao Rei que não a esperasse mais.
Encontrara a carta aberta, e o vestido rosa no caminho, só.
Da Princesa não obtivera nenhuma noticia.
A carta chegou nas mãos do Rei,
O vestido estava manchado de sangue.
E dias depois acharam o sapatinho de cristal que colocaram em seus
Delicados pés.

E na carta que acharam estava escrito Adeus
Para todos que aguardaram pela chegada
Gloriosa de tão humilde ser.

Pedira desculpas por não conseguir chegar.
Havias vestígios de lágrimas em tão sujo papel.
E todos foram suas vidas viver com a certeza de que a princesa não mais iria chegar.

Passou-se um tempo, e então foram saber que quem ao caminho
Deixaram para morrer,
Nada mais era do que uma Donzela que Princesa não podia ser.
Pois dedicou seu coração a não mais sofrer.

E na caminhada pode encontrar refugio para descansar.
Ninguém sabe ao certo em que parte da estrada ela foi parar.
Só se sabe que ninguém jamais estará por lá.

E em uma estrada feita para uma donzela caminhar,
Que o tempo fizera a questão de apagar,
Uma bela Princesa ainda caminha por lá.
Com vestido novo, Sapatos que não se desgastam com o tempo.
E em suas mãos uma carta de despedida que dizia para
Felicidade encontrar...

E de seus olhos que se fecharam com o anoitecer,
Fizeram de seus lábios brotar, um sorriso que
Ninguém irá ver.

domingo, 15 de maio de 2011

De meus olhos

Em meus olhos cansados de tanto tentar
Acordar em um mundo cruel,
Minha alma abatida com o respirar lacrimejante
Que transpira do ser.

Sol que insiste no céu estar.
Lua que de tão aguardada não se irá ver.
Vida que de tão dolorosa deixou rastro pelo caminho que passou.
Rastro para poder voltar.
Rastro que o vento espalhou.
Vento que a chuva acalmou.

E com um sorriso em silêncio, disse Adeus ai partir.
Disse olá ao se despedir de uma forma tão triste que
Choravam ao tocar.
Chorava a dor da distância causada pela barreira
Da inocência que se dissipara no amanhecer.

Vidas que se cruzam com o entardecer,
Tarde que se espera pelo anoitecer.
Noite que não irá chegar.
Lua que irá chorar.

Lagrimas que se dispôs a reter,
Dor que só, decidiu ter.
E com mais uma história
Contada foi uma vida
Passando sem se notar.

Lacrimejam os olhos de quem se despediu.
Se despem as tristezas causadas pela dor.
Lástimas que terão de conviver.

Em meus olhos cansados de tentar entender
De tentar...
Sai a vida que um dia pensei ter.
Sai para tentar viver...