domingo, 10 de julho de 2011

Vestida de branco

Vestida de branco esperando a hora de entrar...
Estava em uma euforia até então não sentida.
Queria chorar, sorrir, gritar...
Seu coração saltitava de tamanha e incontrolável
Alegria.

E o jardim que exalava o perfuma mais lindo que
Pudera um dia sentir.
Choravam seus dias em uma melodia de amor...
De braços dados, caminhava em direção ao altar.

Sentia que era o dia mais feliz que já pudera
Existir...
Dia que não mais iria voltar.
Registraram em uma câmera sua expressão.
Todos estavam a vê-la caminhar...

Aguardaram seus passos lentos
E delicados.
Seu balançar no caminhar...
Sua emoção que estava a florir.

Dedicaram-lhe estrofes que nunca d’antes
Foram ditas...
Exorbitaram em suas faces a tamanha alegria com a sua chegada.

De vestido branco, feito todo de pétalas de rosas
Plantadas para esperar esse dia chegar...
Vem ela!

E a Lua envergonhada com tamanha beleza
Tenta não ver o seu brilho que ofuscava sua beleza.
E em desacordo com a harmonia do viver...
Em não querer tão somente ser...

Chega enfim ao destino tão aguardado por todos.
Estão esperando sua voz ouvir.
Seu suspirar meigo e agradável aos ouvidos de quem pode escutar.


De vestido branco está,
Preste enfim a amar...

sábado, 9 de julho de 2011

Se eu pudesse

Se eu pudesse estar do seu lado nesse momento para
Suas lágrimas poder segurar...
Se eu pudesse sentir a dor que estas a sentir...
Se eu pudesse lhe dar todo o amor que no mundo existe...
Pena nada disso poder lhe dar...

Lhe ofereço a vida que tenho...
Lhe entrego um coração ao qual lhe pertence...
Lhe coloco nas veias, sangue para força lhe dar...
Coloco em seu caminho rosas para poder sua vida perfumar...

Se eu pudesse, eu me jogaria na frente de um trem
Em seu lugar...
Queria sua dor me apoderar...
Queria...

Seu lindo olhar poder admirar...
Sua respiração poder tão somente ouvir...
Suas delicadas mãos acariciar...
Seus lábios saborear...

Parado no meio fio,
Esperando o ônibus passar...
Aguardando o sol se pôr...
A lua aparecer...

Queria poder em meus braços lhe carregar,
Para que não tivesse mais que andar e assim
Não se cansar...
Deitar no chão quando em uma poça for pisar...
Ser, tão somente ser, alguém pra você...

Queria poder lhe consolar...
Poder enfim seu coração sentir pulsar...
Sentir que estás também a amar...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Três vidas

Estava lá, só, no frio e chuva.
Tentavam, mas não o conseguiam tirar de lá.
Estava tremendo devido ao frio.
Estava agonizando de dor...

Todos tentavam algo fazer.
Todos o olhavam com dó.
Tentaram no confortar.
Tentaram no acalmar...

Estava Frio e com chuva,
Mas era ali o melhor lugar.
Era o Adeus que não conseguira dar.
Era a despedida que não queria dar.
Era a lágrima que não quisera mostrar.

Estava uma vida que se transformaria em duas.
Estava um futuro que terminara.
Era um sonho que não mais irá sonhar.
Era...

Estavam a assistir quem um dia
Torcera para que vida pudesse ter.
Lástimas que perdurarão no ser.
Vida que se foi sem ao menos ser.

Com dois meses de gestação,
Foi somente trabalhar.
Havia de em uma rua parar,
Para simplesmente o sinal abrir.
E seguiu sem notar, que
Dera seu último beijo
A quem não mais iria ver.

Foi sem notar que em sua vida
O silêncio acabara de se instalar.
Telefone tocou...
Coração parou de pulsar.

Chovia muito...
O frio era tenebroso também...
E se ia com o tocar harmonioso de uma lágrima que não iria parar
De jorrar.

Foi-se uma vida que se tornaria duas...
Foi-se três vidas ao caixão foi parar.
Todos assistiam sem acreditar...

domingo, 22 de maio de 2011

Princesa

Em uma estrada criada com pétalas de rosas vermelhas
Despedaçadas ao chão, caminha uma princesa com seu vestido rosa
E sapatinho de cristal.
Junto dela vai a esperança da felicidade encontrar.

Em um trecho da caminhada percebe-se que nem só de
Pétalas é feito o caminho.
Seu sapatinho começa o solado gastar.
Espinhos começam o seu donzelo pé machucar.

Queria encontrar OZ, para a historia que ouvira pudesse
Real ser.
Queria esboçar um sorriso, mas sua dor lhe fazia chorar.
Seus cabelos já bagunçados com ventar em seu caminhar,
Escondia seu triste olhar.
E o sangue deixava o caminho marcar.

Seu vestido rosa já encardido de sujeira,
Não tinha com o que lavar.
Continuava sem saber aonde enfim poderia chegar.

Dores que queria esquecer.
Reino que teria de reinar.
Caminhava só, uma bela princesa
Sem ao menos saber o que lhe esperava lá.

E anoitecia como em todos os dias em sua vida.
A escuridão era quebrada com o aparecer da Lua
Que refletia a Luz do Sol.

As estrelas mostravam que caminho tomar.
Dolorido mas necessário estar.
Coração que queria felicidade encontrar.
Lábios que queriam motivo para poder sorrir.
Olhos que queriam alguém para suas lágrimas enxugar.

E em uma estrada forrada com pétalas de rasas vermelhas
Estava uma bela princesa com seu vestido rosa a caminhar.
Com seus sonhos de criança, suas alegrias passageiras.
Com sua companhia que não podia estar.

Leva em suas mãos uma carta que não soltava.
Estava escrito nela despedidas que não pudera ler.
Esperava a hora certa para a carta ler.

Passou-se anos sem que alguém lhe tivesse noticia.
E em uma manhã ensolarada, vieram ao reino que aguardava
Por sua tão ilustre chegada, um mensageiro que ao caminho saíra
Para lhe recepcionar retorna para avisar ao Rei que não a esperasse mais.
Encontrara a carta aberta, e o vestido rosa no caminho, só.
Da Princesa não obtivera nenhuma noticia.
A carta chegou nas mãos do Rei,
O vestido estava manchado de sangue.
E dias depois acharam o sapatinho de cristal que colocaram em seus
Delicados pés.

E na carta que acharam estava escrito Adeus
Para todos que aguardaram pela chegada
Gloriosa de tão humilde ser.

Pedira desculpas por não conseguir chegar.
Havias vestígios de lágrimas em tão sujo papel.
E todos foram suas vidas viver com a certeza de que a princesa não mais iria chegar.

Passou-se um tempo, e então foram saber que quem ao caminho
Deixaram para morrer,
Nada mais era do que uma Donzela que Princesa não podia ser.
Pois dedicou seu coração a não mais sofrer.

E na caminhada pode encontrar refugio para descansar.
Ninguém sabe ao certo em que parte da estrada ela foi parar.
Só se sabe que ninguém jamais estará por lá.

E em uma estrada feita para uma donzela caminhar,
Que o tempo fizera a questão de apagar,
Uma bela Princesa ainda caminha por lá.
Com vestido novo, Sapatos que não se desgastam com o tempo.
E em suas mãos uma carta de despedida que dizia para
Felicidade encontrar...

E de seus olhos que se fecharam com o anoitecer,
Fizeram de seus lábios brotar, um sorriso que
Ninguém irá ver.

domingo, 15 de maio de 2011

De meus olhos

Em meus olhos cansados de tanto tentar
Acordar em um mundo cruel,
Minha alma abatida com o respirar lacrimejante
Que transpira do ser.

Sol que insiste no céu estar.
Lua que de tão aguardada não se irá ver.
Vida que de tão dolorosa deixou rastro pelo caminho que passou.
Rastro para poder voltar.
Rastro que o vento espalhou.
Vento que a chuva acalmou.

E com um sorriso em silêncio, disse Adeus ai partir.
Disse olá ao se despedir de uma forma tão triste que
Choravam ao tocar.
Chorava a dor da distância causada pela barreira
Da inocência que se dissipara no amanhecer.

Vidas que se cruzam com o entardecer,
Tarde que se espera pelo anoitecer.
Noite que não irá chegar.
Lua que irá chorar.

Lagrimas que se dispôs a reter,
Dor que só, decidiu ter.
E com mais uma história
Contada foi uma vida
Passando sem se notar.

Lacrimejam os olhos de quem se despediu.
Se despem as tristezas causadas pela dor.
Lástimas que terão de conviver.

Em meus olhos cansados de tentar entender
De tentar...
Sai a vida que um dia pensei ter.
Sai para tentar viver...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Desastrosamente

Desastrosamente entrou sem notar que
Não devera ali estar.
Lastimas por uma partida repentina
Que não podia imaginar.

Ventava um vento quente,
Caia gotículas de lágrimas o céu.
Havia uma mágica inexplicável em um único dia.

Devagar se despediam de quem ali não estava.
Davam Adeus a uma paisagem de papel.
Se desculpavam uns aos outros por mais um dia.
Era tarde de outono.

Adorno que carregava sobre os ombros começava a pesar.
Fazia seu coração acelerar, sua respiração parar.
Escrevia em um papel pedidos de desculpas, que ninguém
Irá ver.

Foi o Sol, A lua se escondeu.
Dia comum para tantos que não estavam ali.
Dia de poesia jogada ao vento para poderem enfim ler.
Amores que irão para nunca mais ser.
Dias que ninguém irá lembrar.

Chorava como poesia que se conta em uma noite de gala.
Desesperava-se como uma qualquer.
Lastimavelmente estava lá.

Doía, Sangrava e ninguém podia sua dor conter.
Desastrosamente entrou.
Sem dizer oi, olá...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Estava ela só

Com seu vestido rosa estava ela ajoelhada
Pedindo para Deus lhe escutar.
Pedia que seus sonhos se tornassem sonhos.
Que sua realidade se tornasse em sono.
Desejava voltar a delirar um delírio d’antes imaginado.
Pedia para a Lua o céu poder contemplar.
Amava sem saber o que era amar.

Vivera por uma vida repetindo os erros que outrora
Criticou quem o fizera.
Chorava como uma criança.
Não havia tamanha dor que conseguisse explicar.
Pedia ela para, a dor, então parar.

Estava disposta a tudo, para então de seus lábios
Um sorriso brotar.
Estava ela, com seu vestido rosa ajoelhada a rezar.

E em cada palavra que de seus lábios saiam,
Saia junto de seus olhos uma lástima de seu pobre viver.
Acreditava que poderia tudo mudar.
Acreditava que seu coração pulsaria mais devagar.
Estava ela só...

Com seu vestido rosa, ajoelhada ao chão
Pedindo para Deus lhe escutar.
Pedindo para sua dor enfim cessar.

Estava ela só...