sábado, 7 de novembro de 2009

Parou de sangrar

Derramou o leite sobre o chão.

Quebrou-se o copo ao cair.

Desperdiçou tempo ao limpar.

Cortou-se com o vidro.

Derramou sangue...


Lágrimas por sangrar.

Gritos por doer.

Alivio ao lhe ver.

Solidão por não lhe ter.


Amor, que amor?

Se amor não há,

Por que chorar?


Derramou a vida sobre o chão.

Chorou para não mais chorar.

Parou de sangrar.

domingo, 1 de novembro de 2009

Carta de Amor

E com sorrisos nos lábios escreveu uma

Carta de amor.

Endereçada só a alguém, a razão de no seu

Peito um coração bater.


Era uma tarde qualquer de um dia

Ao qual ninguém ousaria lembrar,

Não por querer esquecer

E sim por não ter a mínima importância

Para aqueles ao qual nada disso viveu.


Sorriso que em uma estante guardou.

Olhar que em sua mente toda hora vem lembrar.

Desejo que sai, só com o fato de seu perfume sentir.

Taras de alguém...


Chuva que nada pode fazer para isso mudar,

Pessoas que, por mais que tentem nada poderão mudar.

Com sorriso nos olhos, desejou desejar...


E o Sol despediu-se, para do céu

A Lua poder observar.

A criança com os olhos brilhando,

Sorria com o presente que acabará de ganhar.


O vento balançou as flores que estavam em um jardim

Ao qual esqueceram que exista.

O orvalho da noite alimentou as flores sedentas de amor.


E com as mãos tremulas, suadas de tanto nervosismo,

Disse sim perante o altar.

Fotos para o tempo amarelar.

Sentimentos que irão sempre voltar...


E com lágrimas nos olhos,

Escrevia sua última carta de amor.

Nela continha tudo que um dia ousou sentir.

Suas alegrias, seu lastimo, injurias que o

Tempo vai castigar.


E com um sorriso, escreveu uma

Carta de amor.

Desejos...