A Noite chegou, com ela o vazio
O vazio das ruas...
O silêncio que atormentava a solidão.
O som que não se podia escutar...
A Respiração de quem está prestes a chorar.
Sangue que não quer estancar.
Dor que não quer passar...
Toca sem parar a mesma canção,
Canção a qual fala de dor, solidão.
E como não pode mais agüentar...
Choros que se vão com o amanhecer.
Gritos que assombram o entardecer...
Lágrimas que saem sem se notar.
Mãos querendo o mundo derrubar.
Sentado em um canto qualquer a mercê de
Um nada alcançar...
Vazio que sentirá ao anoitecer...
Solidão que o acompanhara nessa estrada longa
Que não tem um final.
Sorriso que verá quando enfim
Chegar a hora de parar.
E como não pode suportar o peso que carrega em seu peito...
Desfalece em cada suspirar...
Molhado de lágrimas está...
Seu semblante todos irá se lembrar...
A noite chegou...
Com ela a música parou.
O sangue enfim estancou...
Disseram Adeus...
Disseram tchau...
Seu rosto acariciaram...
Sua mão tocaram...
E o dia amanheceu...
Com ele a dor permaneceu.
O silêncio se quebrou...
O vazio permaneceu em quem teve
Que dizer Adeus...
Partiu para algum lugar...
Para o nunca mais retornar.
Foi como tinha que ser...
Deixou em poesia o seu último dizer...
Deixou impresso a lágrima que a alguém dedicou.
Deixou lembranças no sorriso de alguém.
Foi para descanso encontrar
Foi para poder enfim sorrir...
Só agora está...
Porém, estás a sorrir...