Cai dos olhos seus uma lágrima.
Cai como uma jóia despedaçada.
Faz o chão sob ti brilhar.
Queria poder estar ao seu lado e
Todas essas jóias fazer retornar.
Grita em silêncio Tamanha dor.
Segura o vestido como se ele a estivesse
Sufocando.
Bate em seu peito um coração querendo sair,
Bate com uma tremenda dor.
Sai à chuva para poder suas lágrimas disfarçar.
Lamenta em seu diário o seu lastimável sorrir.
Em seus olhos pode se ver a tristeza que berra
Dentro de seu ser.
Cai de seus olhos uma preciosa jóia.
Cai toda a razão,
Todo o ego que d’antes sentiu.
Sentia culpa por ter podido viver.
Estava sem consolo,
Não queria mais se alegrar.
Chorava o tempo todo,
Expelia de seu ser seu remorso
Por nada ter podido fazer.
Amava sem razão,
Motivada pela miserável emoção.
Morria em silêncio o seu misterioso ser.
Chorava, pois não podia o passado voltar.
Suas jóias ao chão despedaçou.
Sua vida em tristeza transformou.
Vazia a sala agora está.
Pode-se ouvir o eco que nela ficou.
Pode-se ouvir o seu imenso sofrer.
Banhada de jóias está.
Ninguém ousou retirar.
Foi um imenso sofrer,
Viveu com a dor de uma
Alegria sentir.
Despedaçou suas jóias
A alguém que nada com elas iria fazer.
Jogou fora a razão de um dia ser.
Foi sem pensar.
Ouviu-se de longe o seu chorar.
Ouviu-se de longe suas jóias ao chão cair.
Seu peito querendo fazer parar.
Ouviu-se um silêncio ao entardecer.
Ouviu-se o silêncio enfim chegar.