domingo, 30 de maio de 2010

Guerra

O revolver já está carregado,
A munição extra já foi posta na bagagem.
O armamento pesado já deve está pra chegar.
Entro em meu carro pronto para mais uma guerra entrar.

Durante a madrugada ataque surpresa,
Gargantas cortadas,
Sangue inocente derramado pelo chão.
Crianças de quatro anos com uma arma na mão,
É a guerra do simples cidadão.

Tiros que de longe se pode ouvir.
Parecia uma sinfonia de maus tratos e exemplos para toda uma
Cidade aterrorizada com o temor de morrer.

Crianças correndo para tentar se salvar,
Mães com seus filhos caindo no meio da confusão.
Salve-se que quiser, morra quem tiver de morrer.

Morte aos reles mortais, já disse o Poeta.
Enterrar para ver se nasce algo de lá.
Tinha apenas três anos, uma vida inteira pela frente,
Estava só brincando com sua bicicleta que acabara de ganhar.
Com um tiro certeiro na cabeça, ao chão foi parar.

Até enquanto a munição perdurar.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Jardim

Imaginei flores com aromas diferentes.
Um jardim aonde crianças brincariam sem parar.
Dia que não necessitava terminar.
Lua que ansiava logo em chegar.

Dias que se iam com o tempo decorrente do viver.
Dores que se podiam conter.
Lutas que iam se travar.
Vitorias que um dia viriam a chegar.

Luar que ilumina o Sol,
Faz inveja ao poeta que nada pode fazer.
Donzela dos contos de fadas infantis
Demora que acabara de acontecer.

Despedidas que um final trágico como em um filme de
Suspense, terror...
Drama que não pode deixar de ter.
Morreu jovem, sem ao menos saber se a donzela por quem
Coração parou de bater, o coração dela por ele batia.

Despedidas de uma história comum.
Lutas que se perdem com o decorrer de uma vida.
Fuga para quem nada pode fazer.
Adeus é o que se pode então dizer...

Lágrimas haverá, dores que o tempo cicatrizará.
Lastimas de um dia apenas.
Solidão para quem sempre foi só.

Despediu calado como fuga da prisão.
Voou passarinho para seu canto poder ser ouvido.
Dias que não poderão retornar.
Seguir em frente e deixar pra lá.

Desculpe se fiz alguém chorar,
Pelo menos fiz o jardim se regar...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Pensamentos

Parado em meus pensamentos, aqui estou...
Em um abismo sem fim.
Em um precipício imaginário que parece ser maior que a dor de um simples ser.
Dor a qual estou tentando não sentir.
Amor que eu não me lembro de pedir...

Perfume espalhado pelo ar,
Rosas por todo seu caminhar.
Estrelas para o céu enfeitar.
Lua, que de longe está a lhe guardar...

Romance de primavera.
Estação sem a mínima complicação.
Sentimento confuso no auge do mais humilde ser.

Relações acordadas, em uma manhã chuvosa.
Olhares singelos e sorriso que nunca em sã consciência
Alguém poderia algum dia esquecer.
Camisola rosa, cabelo bagunçado,
Olhar meio fechado.
Rosto que em meu quarto guardei.
Fiz um pôster para desse momento lembrar.
Lembrar que vale apena viver...

Lembranças que ficam guardadas em uma parede
Suja, que o tempo vai fazer o favor de desfazer.
Sentimento que se confundem como minimalismo do ser.
Angustia que aperta o coração.

Poesia que faz mal não...
De mãos dadas com a razão, solução medíocre
De se aceitar ser...
Amor, que não pedi pra ter...