terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Tarde De Domingo

E em uma curva qualquer perdeu a direção.
Capotou sem notar que o carro já estava a incendiar.
Quem de longe viu tentou socorrer, ligaram para os bombeiros
Que demoraram a aparecer.

Era tarde de Domingo, estava sol.
Era dia de se comemorar a chegada do verão.
As crianças já estavam arrumadas aguardando a hora de entrarem na piscina.
Era tarde de Domingo...

As nuvens se formaram em questão de segundos.
A sombra que elas faziam refrescava...
Choveu logo depois...

E em uma curva aonde o fogo não cessava,
O sangue jorrava, e muitos gritavam por nada poderem fazer,
Eis que surge uma lágrima confusa dentre um na multidão.

Chegaram os Bombeiros, não havia mais fogo para apagar.
Não tinha mais corpo para se salvar.
Tinha apenas uma alma ferida e dolorida...

Acabou-se o Domingo...
Começou a Segunda, e com ela um enterro dos destroços de alguém que
Não mais estava lá.
Era a memória de outros que o fazia estar.

Em uma curva qualquer perdeu a direção...
Coração fez parar...
Lágrima fez brotar...
Era tarde de Domingo...