sábado, 20 de novembro de 2010

Sonho

Em mais um sonho confuso de amor,
Acordei no meio da noite chorando pela partida de algo incomum
Que nunca acontecera em nenhum lugar.
Havia estrelas a quem pudesse desabafar.

Sonhos de amor em uma noite qualquer.
Noite que se transforma em dia em um piscar de
Sonhar.
Sonhos que nunca voltam para nos acalmar.
Amor que massacra o coração
De quem está a amar.

Solidão perante a lua.
Lágrimas que travesseiro molhou.
Cartas que nunca entregou.
Vidas que nunca se cruzaram em vida real.
Fantasias demoradas em um telefonema que nunca atendeu.

Confusão de uma vida em demasia solidão.
Dores que o tempo faz aumentar.
Amar...

Em mais uma noite perante o luar e perante as
Estrelas que no céu estão a enfeitar.
Dores que nunca alguém irá escutar.
Sorrisos que esconderá tamanha dor.
Amor...

Em mais um sonho de amor estou.
De mãos dadas com a solidão.
Distancia que não acabará.
Amar...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estou em PAZ

Estou em uma terra alegre,
As pessoas são felizes.
Todos parecem sorrir.
Todos estão em paz.
Estou em um cemitério rodeado do passado.
Estou em paz.

Estou em um lugar completamente
Fora do comum.
Estou feliz por ver pessoas chorar.
Lágrimas que o Sol irá secar.
Lástimas que o tempo deixará.

Dores que doenças transmitirão.
Desamor que marcou a solidão.
Caminhada que se caminha só.
Vida que não soube viver.
Tinha tudo que queria, só não possuía você.

Cartas que livro virou.
Contos que alguém irá contar.
Dores que só fazem aumentar.
Sossego que em breve se poderá ver.

Estou em paz.
Estou aonde as pessoas parecem sorri.
Estou aonde o Sol não mais incomodará.
Estou em paz.

domingo, 1 de agosto de 2010

Solidão

Escrevi em um papel minhas aflições de amor.
Desejei que o dia não mais voltasse com o seu intenso brilhar.
Despejei lágrimas em vão.
Dediquei cada segundo à quem nada valeu.

Sofrimentos que o vento levará para outro dia de sol.
Chuva que demora em aparecer no céu.
Luar que não posso com meus olhos alcançar.
Dia que termina mais uma vez.

Dores que fazem parte do ser
Lastimas que vão seguindo um percurso confuso e em solidão.
Carência de algo que não mais existe.
Gritos que não se podem ouvir.
Partida que ninguém irá assistir.

Escrevi em um papel de pão minha dor,
Escrevi minha solidão.
Minhas lágrimas deixei impressas lá.

Minhas mãos já cansadas de dor pararam a escrita antes do fim.
Fim que se tornou tristeza e prantos para alguém.
Final que nunca é igual ao que se lê em livros.

Com uma mochila vazia nas costas a caminhar em algum lugar,
Com dores marcadas em um coração pulsando dor.
Desistiu de amor.

Desistiu da tragédia que poderia ser.
Viveu a solidão como se fosse a grandeza de um ser.
Amou sem ser compreendido.
Desistiu de então chorar.

Em um papel qualquer minha vida está.
Papel que o vento levará.
A chuva molhará.
E o sol não secará.

Final que será só mais um.
Solidão que amor deixou.
Lastimas que ficaram e nunca desistiram de amargurar.

Em um papel de pão escrevi minha vida.
O final não tive a coragem de revelar.
Dia que terminará.
Sol que irá se pôr.
Mais uma vez dor.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Morreu o Dia seguinte

Morreu o Dia Seguinte.
Morreu o amanhã que viria cheio de historias boas para se poder contar.
Morreu a inocência que d’antes se descobriu ter.
Em frente a um abismo sem fim sem completo abandono de nada ser.
Morreu só mais um amanhã.

Dias sangrentos que nunca se imaginaram ver,
Lágrimas que nunca ousaram despejar.
Poemas que nunca poderam declamar.
Sentimentos que se confundiram com a inexistência absoluta
De um pobre ser.

Lamurias que se perdem com o contexto do existir sem
Saber ao certo o sentido do porquê.
Vitórias que deixou como lembrança de algo que não voltará.
Tempo que faz a vida atrasar.
Atraso que faz o mundo girar.
Dia que custa a terminar.

Morreu o momento marcante da vida.
Perdeu-se tudo por só então acreditar.
Foi então o momento que nunca mais retornará.
Mais que um simples olhar...
Dores que vem com elas a acompanhar.

Morreu o tão sonhado amanhã...
Dia ensolarado em seu precioso enterrar.
Flores caras para os outros impressionar.
Morreu o amanhã que se aguardava com anseio em chegar.

....

sábado, 3 de julho de 2010

Thaynara

Como dizer eu te amo?
Eu preciso saber como lhe contar.
Necessito de algo que faça o momento
Especial.

Como dizer para o mundo que eu lhe amo?
Mostrar para todos que eu estou na sua e somente na sua.
Estou em sua rota peregrina, estou querendo só eu e você.

Pensamentos congelados com o demasio lastimável do viver.
Estou em apuros sem saber o que fazer.
Historias contada por outros,
Lembranças vividas por pessoas que nunca vi.

Como dizer que te amo?
Necessito isso dizer.
Preciso fazer ser real,
Demonstrar o que realmente sinto por ti.

Pedir sua mão eu não quero não,
Pois sua mão não me bastará.
Necessito de ti por inteiro para meu pobre coração acalmar.

Digo para as estrelas minhas angustias,
Desejos secretos confiados à lua.
Em fúria de um tempo qualquer,
Falsas expectativas de um dia não mais poder respirar.
Necessito do ar que sai de ti para enfim meu pulmão funcionar.

Preciso dizer que te amo,
Como então o fazer?
Segurar sua mão bastaria,
Ou, simplesmente um olhar?

Como então dizer que te amo?
Como fazê-la acreditar?
Como transparecer minha alma
Com um singelo dizer?

Rendido, estou sem saber o que fazer.
Resolvi então perguntar a quem me interessa saber.

Como dizer eu te amo?
Como dizer que eu amo você?

domingo, 13 de junho de 2010

Harmonia

Em uma harmonia nunca antes vista
Estavam vozes nunca d’antes ouvidas,
Estavam corações que nunca haviam se sentido,
Se ouvido...

Estavam Todos ansiosos pala estréia.
Estavam aguardando com fé a comemoração da
Estréia bem sucedida.

Ensaiava durante dias,
Em casa e em qualquer outro local.
Marcavam sempre nos fins de semana para na casa de um poder ensaiar.
Aguardavam a vitoria que desejavam alcançar.

E em uma harmonia sem igual, estavam lá
Para a todos seu talento mostrar,
Olhares alegres de quem estava feliz.
Voz firme de quem estava aguardando há tempos.

Aplausos no final da apresentação.
Fecharam-se as cortinas,
As roupas se trocaram.
A ansiedade se transformou em realização.
Olhares espantados com tamanha alegria que não se podia descrever.

E no fim de tudo fez que retornassem ao seu normal estado do ser.
Somente um olhar meigo e contagiante para quem de longe conseguisse ver.
Lágrimas que fazia parte do atuar.
Canto que iria cantar.

E em uma harmonia em comum sem poder se conter.
Amor...

domingo, 30 de maio de 2010

Guerra

O revolver já está carregado,
A munição extra já foi posta na bagagem.
O armamento pesado já deve está pra chegar.
Entro em meu carro pronto para mais uma guerra entrar.

Durante a madrugada ataque surpresa,
Gargantas cortadas,
Sangue inocente derramado pelo chão.
Crianças de quatro anos com uma arma na mão,
É a guerra do simples cidadão.

Tiros que de longe se pode ouvir.
Parecia uma sinfonia de maus tratos e exemplos para toda uma
Cidade aterrorizada com o temor de morrer.

Crianças correndo para tentar se salvar,
Mães com seus filhos caindo no meio da confusão.
Salve-se que quiser, morra quem tiver de morrer.

Morte aos reles mortais, já disse o Poeta.
Enterrar para ver se nasce algo de lá.
Tinha apenas três anos, uma vida inteira pela frente,
Estava só brincando com sua bicicleta que acabara de ganhar.
Com um tiro certeiro na cabeça, ao chão foi parar.

Até enquanto a munição perdurar.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Jardim

Imaginei flores com aromas diferentes.
Um jardim aonde crianças brincariam sem parar.
Dia que não necessitava terminar.
Lua que ansiava logo em chegar.

Dias que se iam com o tempo decorrente do viver.
Dores que se podiam conter.
Lutas que iam se travar.
Vitorias que um dia viriam a chegar.

Luar que ilumina o Sol,
Faz inveja ao poeta que nada pode fazer.
Donzela dos contos de fadas infantis
Demora que acabara de acontecer.

Despedidas que um final trágico como em um filme de
Suspense, terror...
Drama que não pode deixar de ter.
Morreu jovem, sem ao menos saber se a donzela por quem
Coração parou de bater, o coração dela por ele batia.

Despedidas de uma história comum.
Lutas que se perdem com o decorrer de uma vida.
Fuga para quem nada pode fazer.
Adeus é o que se pode então dizer...

Lágrimas haverá, dores que o tempo cicatrizará.
Lastimas de um dia apenas.
Solidão para quem sempre foi só.

Despediu calado como fuga da prisão.
Voou passarinho para seu canto poder ser ouvido.
Dias que não poderão retornar.
Seguir em frente e deixar pra lá.

Desculpe se fiz alguém chorar,
Pelo menos fiz o jardim se regar...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Pensamentos

Parado em meus pensamentos, aqui estou...
Em um abismo sem fim.
Em um precipício imaginário que parece ser maior que a dor de um simples ser.
Dor a qual estou tentando não sentir.
Amor que eu não me lembro de pedir...

Perfume espalhado pelo ar,
Rosas por todo seu caminhar.
Estrelas para o céu enfeitar.
Lua, que de longe está a lhe guardar...

Romance de primavera.
Estação sem a mínima complicação.
Sentimento confuso no auge do mais humilde ser.

Relações acordadas, em uma manhã chuvosa.
Olhares singelos e sorriso que nunca em sã consciência
Alguém poderia algum dia esquecer.
Camisola rosa, cabelo bagunçado,
Olhar meio fechado.
Rosto que em meu quarto guardei.
Fiz um pôster para desse momento lembrar.
Lembrar que vale apena viver...

Lembranças que ficam guardadas em uma parede
Suja, que o tempo vai fazer o favor de desfazer.
Sentimento que se confundem como minimalismo do ser.
Angustia que aperta o coração.

Poesia que faz mal não...
De mãos dadas com a razão, solução medíocre
De se aceitar ser...
Amor, que não pedi pra ter...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vestido manchado de sangue

Com um vestido manchando de sangue,
Está ela.
Com seus doze anos, na porta da escola, esperando
Seu pai vir buscá-la para levá-la de retorno para sua casa.

O relógio foi passando as horas,
Começou a anoitecer.
Tinha só doze anos de vida,
Começara naquele dia sua mocidade.
Estava desolada sem ninguém para explicá-la
O que lhe estava acontecendo.

Passava das dez da noite, quando sua mãe apareceu.
Estava ela triste e com medo.
Ao chegar em casa, também não viu seu pai.
Sua mão lha explicou o que lhe estava acontecendo.
E para isso iriam jantar pizza.
E seu pai?

Sua mão não quisera lhe contar de imediato.
Chegaram em casa, a guria foi tomar um banho.
Sua mãe preparava a pizza.
No dia seguinte, sua mãe a acorda com a noticia de
Que seu pai havia sofrido um acidente de carro
E não resistira...

Seu mundo desabou...
Tinha doze anos de vida, virara moça instantes antes.
Sua mãe tentou confortá-la, nada fazia seu coração acalmar.
Saiu de camisola pela rua a chorar.
Não enxergava nada mais a sua frente.
E na esquina de casa, passou um caminhão que não a viu...

Com um vestido manchado de sangue...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Criança

Chorou a criança por não ver chegar quem tanto esporou ver.
Lamentou uma grande agonia que perduraria por uma vida inteira.
Sentimentos que o tempo conduziria sem se quer se notar.
Ferida que doeria toda vez que fosse cutucada.

E de seus olhos já cansados de tentar entender
O que não havia explicação, saia uma parte de seu ser.
Se desfazia em um desespero que dava dó de se ver.

Não conseguia mais estar com a ferida exposta ao vento.
Cada segundo que se passava ia passando a chance de
Viver...

Chorou a criança com a mão estendida esperando ser amada.
Lacrimejaram os olhos de quem passou.
Doeu os corações amargurados de quem um dia isso também viveu.
Telefone não tocou, resposta que nunca terá.
Lágrimas que resolvera esconder.
Dor que não mais deixou transparecer.

Foi se a infância que a dor levou.
Foi de carona na lágrima derramada.
Foi a vida por inteira em uma tarde chuvosa de verão.

Tentou comprimir sua imensa e lastimável existência.
Implorando amor em um canto qualquer,
Como se nada fosse, continuou assim ser.
E quem desejava ver, sorria de longe da desgraça da pequena criança que
Só queria ser amada como tantas outras são.

Mendigou amor e recebeu dor.
Tentou sobreviver...

Chorou a criança...

domingo, 11 de abril de 2010

Dia

Gostaria de escrever sobre como estão as coisas aqui.
Começarei com o meu dia de hoje, que foi muito engraçado.
Havia no Céu uma nuvem estranha que me chamou muito atenção.
Parecia que nela estava escrito um nome.
Tentei decifrar, se tornaram notas musicais.
Logo em seguida apareceram pássaros cantarolando a canção que estava
Escrita na nuvem.

As arvores no seu balançar, pareciam que estavam a dançar
A canção que os pássaros estavam a cantarolar.
Pareia uma história mágica.

E o dia assim foi indo, com surpresas emocionantes
E divertidas de se ver.

O que eu não poderia imaginar é que
Eu veria em uma rua distante, algo que faria
Meu caminho mudar.
Foi a visão mais linda que pude ter.
A nuvem e os pássaros já não me interessavam mais.
Passei então a observar algo que até então eu só
Ouvia falar.

Foi o inicio de uma vida nova.
Era tudo novidade até então.
Não pude a tamanha emoção,
Só podia então aguardar as instruções que viriam do meu coração.

Meu passado apaguei,
Minha vida zerei.
Comecei uma nova caminhada, com um objetivo novo e
Que há muito eu queria ter.

Declamei poemas ao vento,
Derramei lágrimas com o tempo.
Lutei com o obstáculo que eu não conseguia ver.
Atravessei espinhos que não consegui retirar.
Atravessei caminhos que não podia voltar.
Cheguei mais uma vez para só não mais ficar.

Entreguei minha vida, despedacei-me de prazer.
E não consegui então falar.
Falei com os olhos e consegui compreender,
Que não me importa o amor,
Me importa estar cada dia mais com aquela
Que um dia me fez ver, que
Para meu coração bater ela precisa estar aqui.
Para que eu possa viver, a sua respiração necessito ouvir.

Parece uma declaração de amor, porém não é.
Escrevo essa carta pra dizer que o dia acabou.
A lua escondida em uma torrencial chuva está.
A ela eu não posso dizer.
Escrevo para então contar,
Que em um dia especial, vivi e morri.

Espero um novo dia chegar,
Para quem sabe, essa mesma história viver.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Morreu Romeu

Morre Romeu!
Julieta ao ver tenta de tudo para isso poder reverter.
Morre Romeu...
Julieta inconsolada entra na dele e vai.

Morre uma vida!
Não será peça de teatro,
Nem filme irão fazer.
Morre uma vida...

Desejos que ninguém ousou descobrir.
Sussurros que nunca alguém ousou escutar.
Sinceros votos de algo que ninguém sabe ao certo o que.

Mãos que não tiveram a chance de algum dia se encontrar.
Lábios que nunca puderam se beijar.
Respiração que nunca ousou escutar.
Olhos que por uma vida desejou.

Morreu Romeu!
Julieta foi logo em seguida.
Historia que alguém eternizou.
Sentimento que alguém desejou.

Verdade que pode não ser.
Lenda que pode um dia se tornar.
Amor que nunca alguém ousou possuir.

E na escuridão de um dia qualquer,
No mais sombrio brejo,
Aonde ninguém ousou estar.
Estava ela só a lhe esperar.

Em um vestido laranja,
Com um perfume ao qual nunca suas narinas
Ousou sentir.
Com um olhar meigo e carente, lábios sem nenhuma
Forma de tinta.
Estava ela sentada esperando o dia em que
Felicidade chegaria e nunca mais se afastaria.

Foram os anos mais incríveis de duas vidas
Que barreiras enfrentaram juntos.
Obstáculos que souberam desviar.

Morreu Romeu!
Burro ele não?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tempo

Entretido em meus pensamentos,
Adormecido entre a pureza de algo que não se pode descrever,
Sentimentos que se vão e retornam em uma explosão
Que ninguém pode prever.

Poesias que se vão no decorrer de um dia qualquer,
Lágrimas que sempre surgem na hora do Adeus.
Sentimentos que se confundem no decorrer de um dia.
Descanso que tanto se aguarda chegar.

Lástimas de uma vida não vivida,
Lamurias de uma dor sofrida,
Encontros que deixam de acontecer.
Jantares que resolvem cancelar.
Coquetéis que deixou de ter.
Vida que necessita ter...

E em olhos lindos encontro terá.
Sorriso que tanto esperava acontecerá.
Fará juras de amor eterno,
Dará algo que ainda não possui...

Mãos que automaticamente se encontrarão,
Lábios que se desejarão.
Olhos que não se desgrudarão.
Amor...

E as rosas começam a florescer...
O dia ensolarado está.
A lua escondida para tudo poder avistar.
E nada poderia atrapalhar.

Em silêncio, ouvindo somente o respirar...
Deixa enfim o tempo passar...
Tempo que na verdade não há.
Não pra quem está a amar...

Solidão de um dia qualquer,
Dia que não necessita lembrar.
Dor que o tempo carregará.
Amor que pra sempre ficará.

Sinto Saudades de um tampo que ainda há de chegar...
Tempo que na verdade não há...
Saudades?

sexta-feira, 26 de março de 2010

Perdido de amor

Estou perdido sem rumo e nem onde me aconchegar.
Lamentei a angustia de um tempo qualquer.
Forcei a entrada pela porta fechada,
Quebrei a fechadura que se partiu...

Estou em um sinal fechado,
Com o carro fervendo em uma esquina qualquer.
Com um livro aberto em uma página qualquer...
Musica que o leitor de cd insiste em repetir.
E em um instante vejo a mais bela obra de arte
Que alguém ousou um dia fazer...

Avistei a mais bela das poesias,
Acompanhei com meus olhos a mais bela
Criação divina...
Meu coração saltitou de vida...

Estou perdido em um simples olhar.
Estou parado no caminho que desisti de percorrer.
Estou à espera de respostas para o que acabei de ver.

E assim se foi o dia, nada mais poderia acontecer...
O pôr do Sol teve seu fim.
As estrelas brilhavam de uma forma especial.
E a Lua sorria no céu.

Uma sinfonia melódica acontecia não tão distante dali
Parecia que todos estavam a se alegrar.
Era o dia que muito se ansiava chegar.
Pois se festejava a união do amor e da paixão.

Em uma esquina desolado do mundo,
Aguardando o sinal abrir para poder enfim desistir de
Caminhar,
Em um solitário estado do ser.
Dores que só fazem aumentar,
Noite que não quer terminar.

E como em uma canção o fim chega.
Sem notas de compaixão.
Sinfonia a qual sempre se notou na razão.

E o amor que um dia brilhou se calou no intimo do ser.

Prolongou-se as horas antes vividas,
Chorou por lágrimas dantes desperdiçadas em vão.
E em um piscar de olhos e estrada teve seu triste fim.
Estava só sem ninguém para consolar-me na triste
Decisão do ser.

E perdido sem poder me encontrar,
Lamentando por seu lindo olhar.
Desejando seus lábios a beijar.
Amando sem saber amar.

Estou perdido de amor,
Lamentando minha lástima
Minha dor...

Estou parado a esperar, mais uma vez por mim passar...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Amor....

Estou partindo para uma terra distante,
Estou indo a caminho de um vazio incomum.
Estou cada vez mais distante de seu lindo e
Meigo olhar.
Sem poder sua respiração ouvir,
Sem poder em seus lábios minha sede saciar...

Em meu peito dorido e cheio de uma
Lástima imensurável, está um coração
Amargurado de tamanha dor...

Jorra em uma poesia sem fim...
Notas que o piano solará.
Derradeiramente e sem chorar.

Chuva para refrescar.
Idéia que se confunde com o nada mais
Impossível do amor...

Rosas que perfumam o estar...
Lágrimas para o chão lavar.
E com um adeus sem fim, se vai.

Escrituras que se encontraram com
O decorre dos acontecimentos.
E em um segundo sentará em seu peito oi amor dominar.
Parará de então respirar.
Silenciou para poder lhe ouvir chegar...

Estou partindo sem perdão encontrar...
Sem sua mão poder segurar.
Sem seus lábios beijar...
Estou indo para poder tão somente
Um coração descansar.

Lamurias que o tempo insistirá em massacrar...
Adeus que guardado ficará.

Amor...

terça-feira, 23 de março de 2010

Choveu

E choveu como se fosse gotas de amor
Que caiam do céu.
Consolava um coração que já não
Agüentava tanta amargura doe um triste e solitário viver.
Caminhava sem se preocupar com quem estava a lhe
Acompanhar com o olhar carente desejoso de amar.

Um feixe de luz, ou, um jardim florido?
Uma noite de amor, ou, um segundo ouvindo o respirar?
Uma sinfonia, ou, um olhar?
Um beijo, ou, um olhar?
Carícias, ou, declarações de amor em público?

E continuou a chover no caminhar...
Molhava o chão e que por ele estava a passar.
Musicas que não faziam nexo em estar...
Sorrisos que o tempo magoará...
Lágrimas que o Sol secará...
Silêncio que se fará...
Lua que chora seu amor.

E lado a lado caminhando sem nada conseguir falar.
Palpita coração a mais bela das canções,
O mais sublime poema...
Palpita em um compasso único,
Que ninguém ousará imitar.
Seu nome em cada pulsar,
Sua respiração em cada almejar...

E chove sem parar...
Cabelos molhados, sorrisos desencontrados...
Caminhar que custa a terminar...
Passo a passo sem se quer lamentar.
Alegria que não se consegue conter...
E nada pode dizer...

Em silêncio ouve-se a razão,
O amor que reprimia dentro do ser...
O sentimento que só fazia aumentar...
Amor que nunca irá ao fim chegar...

Caminhava sem nada dizer,
Com o coração abobado por amar...
Silêncio que impedia de dizer...

Choveu...

domingo, 14 de março de 2010

Despedidas

Lamentei por vezes em vão...
Lastimei pensamentos solitários...
Tranquei a porta com segredo...
Silenciei a voz que eu nunca escutei.

Em meu ouvido há a esperança que jorra
Dos olhos meus...
De minhas mãos tremulas o sangue que despeja sem parar.
Emudeci em um instante em vão.
Parei de uma vez a batida de um coração.

Sorrisos que um dia vi...
Perfume que um dia senti...
Amor que um dia pude ter a
Grandeza de presenciar...
Olhos que agora irão se fechar.

O perfume da rosa se podia sentir...
O vestido mais lindo a fizeram por...
Lhe puseram maquiagem que nunca dantes
Ousara por...
Era uma manhã linda de se ver...
Lágrimas que impediam de as nuvens observar.
Chovia em silêncio...

Ampararam-lhe para que não viesse a cair...
Estavam todos com sentimento em comum...
Chorava o tempo que não iria se esquecer...

Lamúria que se escreve em algum lugar...
Dor que cicatriz fará...
Abraços para confraternizar.
Enfim, podia seu coração descansar...
Podia seu mais lindo sorriso em seus lábios fazer brotar.

E sua mão não queria mais soltar.
Foi seu tempo para nunca mais retornar.
O silêncio que se ocupará...
Trazia um vento que fazia seu cabelo balançar.

Terminará com o seu nome a pronunciar.
Lhe dirás amar...
Prometerá nunca lhe esquecer...
E o vento podia parar...
Seu sorriso não se podia mais ver...

Estava eu a chorar...
Estava eu só...
Estava a pensar...
Quem agora irá chorar?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Tarde De Domingo

E em uma curva qualquer perdeu a direção.
Capotou sem notar que o carro já estava a incendiar.
Quem de longe viu tentou socorrer, ligaram para os bombeiros
Que demoraram a aparecer.

Era tarde de Domingo, estava sol.
Era dia de se comemorar a chegada do verão.
As crianças já estavam arrumadas aguardando a hora de entrarem na piscina.
Era tarde de Domingo...

As nuvens se formaram em questão de segundos.
A sombra que elas faziam refrescava...
Choveu logo depois...

E em uma curva aonde o fogo não cessava,
O sangue jorrava, e muitos gritavam por nada poderem fazer,
Eis que surge uma lágrima confusa dentre um na multidão.

Chegaram os Bombeiros, não havia mais fogo para apagar.
Não tinha mais corpo para se salvar.
Tinha apenas uma alma ferida e dolorida...

Acabou-se o Domingo...
Começou a Segunda, e com ela um enterro dos destroços de alguém que
Não mais estava lá.
Era a memória de outros que o fazia estar.

Em uma curva qualquer perdeu a direção...
Coração fez parar...
Lágrima fez brotar...
Era tarde de Domingo...