segunda-feira, 31 de agosto de 2009

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Segurei a lágrima que de seus olhos brotavam.

Abracei-lhe no momento mais difícil que passou.

Sua mão segurei e não mais soltei.

Fiz tudo o que parecia impossível fazer.

Dediquei cada segundo a você.


E quando eu precisei nada encontrei.

Despenquei de um abismo sem fim.

Sua mão eu segurei e não soltei,

Não permiti que você despencasse nesse

Abismo ao qual estou.


Quando eu chorei, ninguém me consolou.

Quando eu precisei ninguém veio para me abraçar.

Despenquei minhas lágrimas e ninguém para

As segurar.


Agora me pergunto onde está o ontem?

Onde está o amor que eu lhe dei?

Onde irá parar o percurso ao qual preciso percorrer?


Estou à espera de um dia encontrar a

Resposta para tal abandono.

Estou confuso com o decorrer do dia que parece não terminar.


Estou guardando as passagens da felicidade que um dia comprei.

Estou colocando o passado dentro de um pote vazio.

Estou depositando esse pote em um fogo incessante

Para o passado esquecer.


Estou despencando em um abismo sem fim

Estou despencando...


E como se não mais existisse o amanhã

Foi a Lua e nada aconteceu.

Meus olhos aguardavam o surgimento do Sol

Que não apareceu.


Segurei suas lágrimas quando em ti doeu...

Segurei sua mão quando precisou.

Estou desolado sem seu olhar.


Estou procurando um motivo para continuar

Estou chorando sua beleza que não posso mais acariciar.


Meu ombro lhe dei...

Minha Vida lhe entreguei...

Lhe amei...


E fecharam meus olhos sem que eu pudesse

Perceber que ao meu lado estava o tempo todo você.

domingo, 16 de agosto de 2009

Há um tempo...

Há um tempo aonde a dor não mais existirá.

Existe um local aonde o amor não mais prevalecerá

No seu imenso império de massacres ininterruptos.

Existe, eu sei que há.


Lacrimejam os olhares de quem nada entende ao ver.

Lacrimejam como olhares de criança que sentem

A ausência da alegria que sentira em poucos segundos atrás.


E as horas vão fazendo o relógio trabalhar.

O tempo nada pôde fazer.

O papel que estava na estante, enfeitando-a com uma

Imagem estampada, já estava amarelado com o passar dos anos.


Haverá um dia em que todos irão sorrir de uma loucura

Tamanha que nenhum medico conseguirá conter?

Espero não estar mais para ver.


E o Sol que enamora a Lua se escondeu atrás de

Nuvens que embelezavam o céu com o seu sublime chorar.

Choro que causava tragédias irreparáveis a quem estava

Ela a molhar.


E assim foi a vida de quem a tinha para viver.

Mas me diga o que é vida se eu não consigo

Sua respiração ouvir?

Me diga o que preciso eu fazer?

Me responda se existe vida longe de ti?


O sol se pôs...

A lua veio para testemunha ser.

Há um local aonde a dor não mais há

Há uma vida que não mais viverá.

Existe um ser que necessita descansar.

Amor, pare de bater...


Mais uma vez o relógio vai sua rotina

Continuar.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Última Cena

E pôde enfim chorar, pôde sua dor expressar.

E no contar das horas o relógio estragou.

O sol veio só para espionar o acontecimento que não paravam

De comentar.

O vento que era gelado, com a presença do sol aqueceu a dor.


E passou as horas, tudo havia de acontecer sem ao menos alguém

Se mover.

As cortinas se fecharam, os aplausos foram trocados por milhares de

Gotículas de algo que ia sendo desperdiçado ao vento...

Amor!


E com o passar da semana, os ensaios da vida vinham sendo

Algo que duravam horas sem fim.

Ensaiava o jeito de caminhar, respirar, negação da dor...

Estava trancado em seu quarto fazia dias.

Nada lhe tirava de lá.


Passou se meses e enfim de seu quarto cheio de algo precioso que

Ao nada entregou...

Foi retirado da vida! Enfim sua dor iriam reparar.


Estava deitado no centro do palco.

Todas as luzes estavam a iluminar.

Não havia quem pudesse sua dor sentir.

Não tinha quem o iria aplaudir.


Fecharam as cortinas, ninguém estava lá para esse momento ver.

Foi em desespero só um pobre ser.


Desperdiçou em silêncio algo que ninguém iria notar.

Entregou ao nada o que mais tinha de valor.

Despedaçou o que lhe restara...

Amor...


E como em mais um dia de Sol...

A Lua não mais apareceu em seus poemas,

Que também não pode existir.

E quem existe?


Seria tudo ilusão de algo?

Seria tudo culpa do amor, ou, do fato de amar?

Queria obter resposta...

Coração não pode mais responder.


Fim de cena!

Atores nos camarins, platéia, que não há, começam a sair.

Apagam se todas as luzes...

Hora de ir...


E como em todo o teatro,

Como em toda encenação.

Lágrimas por uma peça acabar.


Lágrimas por nunca mais esse palco ver.

Pena não poder nada disso fazer!


Desperdiçou o que pensava ter,

Jogou fora o seu viver.

Entregou a ninguém seu mais precioso sentimento que um dia pôde

Sentir.


Chorou quando assistiu um espetáculo se encerrar.

Agora nada pode fazer...

A não ser se conter com o fato de não mais ser.


Pôde sua dor expressar...

Pôde sua vida perder...

Pôde amor sofrer...

Pôde um dia sorrir...

Pôde enfim descansar...